HOMENAGEM A ADELAIDE CABETE
Adelaide
Cabete – médica, publicista e pedagoga, destemida feminista, republicana e
maçona - nasceu em Elvas em 25 de Janeiro de 1867. Motivo pelo qual a Federação Portuguesa da Ordem Maçónica Mista Internacional “LE DROIT HUMAIN”, o Direito Humano, irá comemorar na próxima quarta-feira, dia 25 de Janeiro, os 150 anos
do seu nascimento.
“E
comemora o seu aniversário porque Adelaide Cabete foi e continua a ser um marco
na nossa história, sendo por isso digna de celebração, na medida em que ela foi
a fundadora do Direito Humano em Portugal. Adelaide Cabete iniciou-se na
Maçonaria em 1907 e foi aí que se revelou, muito cedo, uma mulher vanguardista,
muito à frente do seu tempo” [AQUI]
PROGRAMA – 150º ANIVERSÁRIO NASCIMENTO DE ADELAIDE CABETE
DIA: 25 de Janeiro de 2017
16.00 Horas - Deposição de uma coroa de flores na campa de
Adelaide Cabete, no cemitério de Alto de S. João;
► CONFERÊNCIA: “Adelaide Cabete – a Vanguardista”
LOCAL: Escola Oficina nº1 (Largo da Graça, nº 58), Lisboa;
HORA: 18,00 horas;ORGANIZAÇÃO: Federação Portuguesa "O Direito Humano" Ordem Maçónica Mista Internacional.
ORADORES/TEMAS:
- Sessão de Abertura – por Maria
de Fátima Pires (Pres. do Cons. Nacional da Federação Portuguesa "O
Direito Humano" Ordem Maçónica Mista Internacional);
- Isabel Lousada: “Adelaide Cabete: reflexão/acção no exercício
da Liberdade”;
- Risoleta Pedro: “Adelaide Cabete, a nova ordem do Tempo e do
Templo”
- António Ventura (Gr. Chanceler do Conselho da Ordem do GOL): “Uma
mulher singular”;
- Isabel Corker (Grã Mestra da GLFP): “Ontem, Hoje, Amanhã”
- Encerramento – por Maria da
Graça Gomes (Repres. do Supr. Conselho Le Droit Humain (O Direito Humano) para a Federação
Portuguesa.
► [Adelaide
Cabete]
"De
seu nome completo Adelaide de Jesus Damas Brazão Cabete, nasceu em Elvas,
freguesia de Alcáçova, a 25 de Janeiro de 1867, filha de Ezequiel Duarte Brazão
e de Balbina dos Remédios Damas. Oriunda de uma família humilde, começou a
trabalhar muito nova e casou com o sargento republicano Manuel Fernandes
Cabete, que a incentivou a estudar. Em 1889 prestou o exame de instrução
primária e, em 1894, concluiu o curso liceal. No ano seguinte mudou-se para
Lisboa, onde se matriculou no ano seguinte na Escola Médico-cirúrgica,
instituição onde concluiu o curso em 1900 com a tese 'Protecção às Mulheres
grávidas Pobres como meio de promover o Desenvolvimento físico das novas gerações'
(1900).
Republicana
militante, participou activamente na propaganda que antecedeu a mudança de
regime em 1910. Professora no Instituto Feminino de Odivelas e médica, procurou
sempre defender a melhoria das condições de vida das crianças e das mulheres,
com particular ênfase na luta contra a prostituição e o alcoolismo.
Propagandista do feminismo fundou e presidiu ao Conselho Nacional das Mulheres
Portuguesas e da Cruzada Nacional das Mulheres Portuguesas, à Liga Portuguesa
Abolicionista, às Ligas de Bondade e dirigiu a revista Alma Feminina (1920 –
1929).
Na
Universidade Popular Portuguesa organizou um curso de Higiene e Puericultura.
Participou no Congresso Internacional de Ocupações Domésticas (Gand, 1913), no
Congresso internacional Feminino de Roma (1923), no Congresso do Conselho
Internacional das Mulheres (Washington, 1925), nos I e II Congressos Feminista
e da Educação (1921 e 1928), nos Congressos Abolicionistas (1926 e 1929).
Viveu
em Angola entre 1929 e 1934, onde continuou a sua acção a favor da higiene e da
assistência. Colaborou em numerosas publicações periódicas como: Educação,
Educação Social. O Globo, A Mulher e a Criança, Pensamento, O Rebate.
Iniciada
em 1 de Março de 1907, na Loja Humanidade, com o nome simbólico de «Louise
Michel». Atingiu os graus 2 e 3º em 1 de Março de 1907, 4º em 28 de Julho de
1910, 5º, 6º e 7º em 16 de Janeiro de 1911. Grau 30º do REAA em 28 de Outubro
de 1923. Conservou-se na Loja no período em que laborou sob os auspícios do
Grande Oriente Lusitano Unido (até 1913 e depois de 1920 até 1923) e
posteriormente, após a adesão da Loja Humanidade à Ordem Maçónica Mista
Internacional O Direito Humano, em 1923. Foi eleita várias vezes Venerável da
sua Loja e Grã-Mestra do Areópago Teixeira Simões (1926).
Morreu
em Lisboa, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, a 19 de Setembro de 1935.
[via António Ventura, Facebook - sublinhados nossos]
J.M.M.
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