LIVRO:
A Maçonaria na Sociedade Amor da Pátria. A História de uma Loja no Faial;
AUTOR: António Lopes;
EDIÇÃO: Sociedade Amor da Pátria, 2017, p. 192
AUTOR: António Lopes;
EDIÇÃO: Sociedade Amor da Pátria, 2017, p. 192
“No caso da Maçonaria, que não é religião, nem mera ideologia,
onde se vivem e revivem lendas, alegorias e símbolos, através de rituais
conhecidos, é mais intensa e formalizada essa dimensão, até com a procura
do próprio sagrado. Logo, ver de fora qualquer comunidade de coisas que se
amam pode levar muitos a dizer que todas as cartas de amor são ridículas.
Mas como dizia Fernando Pessoa, é bem mais ridículo não se escreverem
cartas de amor. Ou não responder a uma entrevista sobre a matéria, só
porque o interpelante tem manifestado óbvias divergências com as nossas conceções
do mundo e da vida, mas talvez seja capaz de reconhecer que comete erros, tem
dúvidas e pode enganar-se, até na listagem de inimigos públicos”
A Sociedade Amor da Pátria foi no passado, e é no presente, uma
entidade marcante e incontornável na vida e na história do Faial e da cidade da
Horta em particular. Abordar os momentos chave dessa história é manter vivo o
presente, compreendendo-o com a certeza que, com isso, estamos a honrar todos
os faialenses, de nascimento ou de coração, que em tempos idos lutaram para que
os homens e as mulheres de hoje possam ter um conjunto de referências morais e
materiais que os enchem de orgulho.
Essa história a que nos referimos é feita por uma Sociedade criada
pela Maçonaria onde, por vezes, não se distingue onde começava o pensamento ou
a ação de uma e acabava o de outra. Por isso, conhecer a história da Loja Amor
da Pátria é conhecer uma parte importante da Sociedade Amor da Pátria, mais
vasta é certo, mas onde estão presentes os ideais da Liberdade, Igualdade e Fraternidade
que floresceram nesta ilha, Compreende-se que a dado passo desta obra se diga
que no Faial “até as pedras das calçadas eram constitucionais”.
A Direção da Sociedade Amor da Pátria ao convidar o Dr. António
Lopes para efetuar este trabalho, historiador especializado nos temas maçónicos,
está a lembrar esse passado que nos orgulha e a deixar para os vindouros
momentos que o tempo tem tendência para apagar, e os homens, mesmo que
involuntariamente, por vezes esquecem. Ao lembrar esse passado estamos a assumir
a paixão que nos motiva numa casa como esta. Estamos a lembrar o contributo
cívico de uma entidade, dos seus associados e dos seus dirigentes para com o
todo social num momento histórico difícil para o associativismo e em prol do
Bem Comum. Estamos ainda a prestar homenagem, aos sócios de ontem e de hoje,
que fizeram e fazem a Sociedade Amor da Pátria e estamos, por fim, a sublinhar
o contributo cívico que a Sociedade Amor da Pátria todos os dias, de forma renovada,
dá para a história do Faial e dos Açores.
[Ruben Simas, in Prefácio à obra - sublinhados nossos]
J.M.M.
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