terça-feira, 17 de outubro de 2017

GOMES FREIRE DE ANDRADE. UM MÁRTIR DA PÁTRIA – A. J. RODRIGUES GONÇALVES



LIVRO: Gomes Freire de Andrade. Um Mártir da Pátria;
AUTOR: António José Rodrigues Gonçalves;

EDIÇÃO: Âncora Editora, Outubro 2017.
 
Os ideais da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, tão caros à Revolução Francesa de 1789, começam a chegar a Portugal no início do século XIX. Recrudescem por todo o lado as lutas anti-senhoriais que debilitam o regime real e clerical. Recuam as superstições, os preconceitos e o tradicionalismo, a opressão e a injustiça senhorial. Tudo isto abana consciências e valores na frente ideológica, com a discussão da Razão e das Luzes, nos jornais e na vida pública, e com a ascensão da burguesia, classe social revolucionária à data.
 
O fervor absolutista e conservador contra estes ventos liberais encontra seguidores no Stº Ofício, em Pina Manique, na Igreja, e na Junta de Governadores que então governava Portugal (dada a fuga do Rei para o Brasil em 1807). As principais vítimas do St.º Ofício eram os designados heréticos da filosofia e os maçons, alcandorados estes a bode espiatório do regime.
 
Na sequência destes confrontos ideológicos e políticos, Gomes Freire de Andrade é envolvido numa conjura, sem que exista qualquer prova do seu envolvimento. Regressara a Portugal em 26 de Maio de 1815, já com 58 anos de idade, era um militar de carreira, combatera e fora condecorado, por toda a Europa e até na Rússia, com os mais altos galardões, chegando mesmo ao posto de marechal-de-campo. Era maçon e liberal convicto, e era dotado de um estatuto moral invejável o qual criara inimigos que não esqueciam a sua competência na arte da guerra. Estas teriam sido as razões para ter sido encarado como o chefe do movimento contra a influência inglesa e o regime absoluto, embora não tenha participado sequer na preparação de qualquer ato conspirativo.
 
Após um farsante julgamento, e num ato ignóbil, Gomes Freire de Andrade vê-se privado de todas as honras e privilégios dos cavaleiros das ordens militares, sendo condenado à morte – com mais 11 patriotas – sem quaisquer provas credíveis, e de imediato enforcado e decapitado como qualquer cidadão comum, queimado com alcatrão e as suas cinzas e parte do corpo lançadas ao mar.” [in Livro - sublinhados nossos]


LANÇAMENTO NA ASSOCIAÇÃO 25 ABRIL  [AQUI]

DIA: 19 de Outubro (18,00 horas);
LOCAL: Associação 25 de Abril (Rua da Misericórdia, 95), Lisboa;
ORADOR: Professor Doutor António Ventura [F.L.U.L.]
 
 

J.M.M.

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