LIVRO: Uma Vida de Herói: morte e transfiguração de Jaime Cortesão;
AUTOR: Pedro Martins;
EDIÇÃO: Zéfiro, Julho de 2018.
LANÇAMENTO:
DIA: 4 de Julho (18,30 horas);
LOCAL: Museu Maçónico / Grémio Lusitano (Rua do Grémio Lusitano, 25, Lisboa);
ORADORES: Miguel Real | Daniel Pires | Renato Epifânio;
► Através
de uma leitura simbólica do ocultismo cifrado na literatura de Jaime Cortesão,
Pedro Martins apresenta um surpreendente retrato espiritual do grande poeta e
historiador. Esta sua interpretação revoluciona, uma vez mais, a história da
cultura portuguesa, ao demonstrar como a génese do movimento da Renascença
Portuguesa tem as suas raízes no esoterismo judeo-cristão, inscrevendo-se num
vasto horizonte que abarca Dante, o Zohar e a Carta sobre a Santidade e se
interliga com a maçonaria e o martinismo.
«Pedro Martins neste seu novo trabalho não se afasta da sua
linha anterior – ler o que há de mais vital e vivo nas manifestações da cultura
portuguesa a partir dum estrato iniciático, que é anterior às religiões e que
lhes sobreviveu muitas vezes à margem ou mesmo em franco antagonismo.
Isto deu já proveitosos frutos na leitura duma pintura ainda tão
mal conhecida como a de Vasco Fernandes, o autor dos painéis do Retábulo da Sé
de Viseu, coevo de Gil Vicente e de Bernardim e sobre o qual tão pouco se sabe.
Com idênticas chaves de leitura – experiência e saber
iniciáticos – ele consegue agora uma cerrada e prodigiosa interpretação de
parte da obra de Jaime Cortesão e que fica desde já a ser, pela inteligência,
finura e teimosia com que cinge as letras, um marco assinalável de progressão
nos estudos sobre a poesia e o teatro do autor.
Só agora, após este trabalho, estamos em condições de começar a
vislumbrar as verdadeiras dimensões duma obra poética e dramática que sem a
simbologia iniciática ficava amputada dum espírito essencial que em muito
contribui para a sua altura e o seu desmedido valor.
Cortesão é um dos grandes escritores do século XX português e
este livro de Pedro Martins, escrito numa era sombria de morte e de
esquecimento, contribui como nenhum outro até hoje para lhe restituir a aura de
grandeza e de luz que tem.»
[António Cândido Franco, in Prefácio].
J.M.M.
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