terça-feira, 19 de novembro de 2019

ATÉ SEMPRE, COMPANHEIRO!



José Mário Branco, “português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro”, espalhou luminosamente a palavra, a melodia e o canto. Traçou a poesia, celebrou o sonho, inquietou-nos a alma. Com ternura e alegria.

Zé Mário tinha essa elevada arte de “estar aqui connosco”. Cantou a “margem do outro lado”, essa travessia ou “vaga de fundo” estremecida, atribulada, mas sempre digna. Essa bem-aventurança. Confiou-nos “a luz que vem do fim do mundo”, essa viagem daqueles que ainda não nasceram. Esteve connosco e nós com ele. “Para cantar e para o resto” – disse. E sim …. valeu a pena a travessia.

Até sempre, Companheiro!

FOTO de Alfredo Cunha, com a devida vénia

J.M.M.

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