LIVRO: Portugal e a Independência do Brasil. Os artigos de “O Campeão
Portuguez em Lisboa” (1822-23);
AUTOR: José Liberato Freire de Carvalho – pref. de Daniel Estudante Protásio;
EDIÇÃO: Lema d`Origem, Outubro de 2022.
«Na coincidência do bicentenário da Independência
do Brasil com as comemorações do 250º aniversário de José Liberato Freire de Carvalho, seria impensável não trazer para
o público a opinião política do editor e jornalista que, ao longo de vários
números e vários meses, foi espraiando no seu jornal o seu muito saber sobre a
roda do mundo e as relações entre os povos, as nações e os seus dirigentes. De
uma forma coerente e sistemática, Liberato
defendeu as Cortes Portuguesas e as suas decisões, mantendo sempre a primazia
dos interesses de ambos os povos, quer fosse a paz, a soberania, o bom comércio
e a prosperidade.
O facto de não ser deputado nas Cortes Constituintes de 1821-1822 não o impediu
de tentar influenciar a opinião pública e a dos próprios deputados sobre todas
as matérias que estavam na ordem do dia, sendo a questão do Brasil uma das mais
importantes.» [A Comissão Liberato – Do livro]
► “ … José Liberato Freire de Carvalho é um homem que atravessa diversas épocas, as do Iluminismo, do Enciclopedismo, do Neoclassicismo, da Revolução Francesa e da Guerra Peninsular. Testemunha a destruição do Antigo Regime em Portugal, a ruína do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, do triénio vintista, da primeira e segunda experiência cartistas (1826-1828 e 1834-1836), do Setembrismo (1836-1839). Vive em primeira mão a experiência da presença das tropas francesas, da Setembrizada (1810), perde um irmão para o Terror Branco miguelista (1833), exila-se em Inglaterra e em França. Traduz os Anais de Tácito e vive de traduzir romances franceses. Vive da escrita. Publica periódicos. Reflecte sobre a política, a sociedade, os ideais, os homens do seu tempo. Produz uma prosa límpida, expressiva, significativa. A convicção das ideias políticas, a inteligência psicológica dos perfis que esboça, enquanto periodista e autor, fazem-no erguer-se até à altura de outros prosadores políticos portugueses: do visconde de Santarém (1791-1856), de Almeida Garrett (1799-1854) e de Alexandre Herculano (1810-1877), os quais ultrapassa em longevidade, permitindo-lhe ganhar uma coerência no testemunho deixado que, por vezes, está ausente na obra de alguns desses pares …” [Daniel Estudante Protásio – Do livro - sublinhados nossos]
J.M.M.
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