terça-feira, 8 de maio de 2007

REVISTA "ORDEM NOVA" [1926-1927]


Ordem Nova

Revista Mensal Anti-Moderna, Anti-Liberal, Anti-Democrática, Anti-Burguesa e Anti-Bolchevique. ORDEM NOVA Contra-Revolucionária; Reaccionária; Católica, Apostólica e Romana; Monárquica; Intolerante e Intransigente; Insolidária com Escritores, Jornalistas e quaisquer profissionais das letras, das artes e da imprensa. Lisboa, Ano I, nº 1 (Março de 1926) ao nº 12 (Fevereiro de 1927). Director: Marcello Caetano.

Redactores fundadores: Albano Pereira Dias de Magalhães e Marcello Caetano. Secretario e editor: J. Fernandes Júnior. Redacção: Rua do Norte, 57, Coimbra. Administração: Largo do Directório, 8, 3º, Lisboa. Propriedade de José Fernandes Júnior

Colaboração: A. Rodrigues Cavalheiro, Adriano Pimenta da Gama, Afonso Domingues, Afonso Lopes Vieira, Albano Pereira Dias de Magalhães, Alberto Baptista Alvares, Albino Neves da Costa, Amadeu Pereira, António Gonçalves Rodrigues, António Sardinha, César de Oliveira, Domingos de Gusmão Araújo, José Augusto Vaz Pinto, José Luís da Silva Dias, José Manuel da Costa, Leão Ramos Ascenção, Marcello Caetano, Manuel Múrias, Mário de Albuquerque, Nuno de Montemór, Pedro Teotónio Pereira, Ribeiro da Silva.

"E para que não restem duvidas nenhumas sobre o que nos queremos, parece-nos oportuno formular o mais claramente possível as directrizes da nossa acção.
A atitude política da 'Ordem Nova' – Entendemos que a mudança de regime só é possível e será fecunda quando haja um escol capaz de impor à Nação os princípios salvadores, - isto é, capaz de estender a todos os benefícios que nos espíritos seleccionados tenha produzido a reforma intelectual e moral em que andamos empenhados.
Não escondemos a nossa simpatia pelo ‘Integralismo Lusitano’ cujas doutrinas inteiramente perfilhamos. Sustentamos, no entanto, que só depois de constituído o núcleo central, só depois de conseguida a minoria inteligente e activa, se poderá adoptar a fórmula 'Em primeiro lugar, a política' (...)
” [A. Neves da Costa, Pensamentos, palavras & obras, nº 1, Março de 1926]

"O conservador tem da ordem unicamente o conceito policial e, conhece só os efeitos da desordem, porque a sofre fisicamente no seu corpo e haveres, mas infelizmente não tem o conhecimento correlativo das causas que geram a desordem. Por isso o conservador é o homem que preconiza a politica de panos quentes e de papas de linhaça, de preferência a uma politica cirúrgica de bisturi, é o homem que barafusta sobre a situação actual e não dá um passo para sair dela porque não está orientado para isso (...) Este bom burguês acredita em tudo que seja meias-tintas, tem horror ao que ele chama estupidamente o extremismo e mal aparece no seu horizonte uma besta superior em quantidade, logo salta de satisfação, chamando-lhe seu salvador, pondo-se de joelhos na sua frente, servindo-o e admirando-o babado de gozo.
É principalmente esta fauna conservadora que cria e sustenta os Messias que para aí aparecem (...)" [José Luís da Silva Dias, nº 2, Abril de 1926]

"Violou-se a lei [Constituição de 1911, derrubada pelo 28 de Maio de 1926] sem hipocrisia, sem máscara. Ninguém pode negar aos ditadores uma coragem moral e um desassombro que os partidos políticos nunca tiveram (...) É por isso que aplaudimos a violação de quantas leis sejam necessárias violar, conquanto que se faça justiça ..." [Marcelo Caetano, nº 11, Janeiro de 1927]

J.M.M.

2 comentários:

Gaspar LDVS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gaspar LDVS disse...

Excelente post!