Família Real de Portugal em 1899
D. Carlos [n. em Lisboa a 28 de Setembro de 1863, filho de do rei D. Luís I e da rainha D. Maria Pia de Sabóia, neto paterno de D. Fernando de SaxeCoburgo-Gotha e da rainha D. Maria II e neto, pelo lado materno, do rei de Itália Vítor Manuel. Sobe ao trono a 19 de Outubro de 1889. Tolerante, amante dos “prazeres da vida”, de forte “individualidade artística”, cultiva D. Carlos as belas-artes e dedica-se aos estudos oceanográficos, outra das suas (muitas) paixões. Os gravíssimos acontecimentos durante o seu reinado – o Ultimatum, a revolta militar do 31 de Janeiro de 1891 e, de modo geral, a ditadura imposta pelo seu Presidente do Conselho, João Franco – condicionaram a sua regência, que acaba abruptamente no atentado, que lhe pôs termo à vida, do dia 1 de Fevereiro de 1908]
Rainha D. Amélia [n. a 28 de Setembro de 1865 (curiosamente no exílio), filha de Luís Filipe de Orleães e de Maria Isabel de Orleães-Montpensier, e bisneta de Luís Filipe, último rei de França. Casa em 22 de Maio de 1886 com o (então) príncipe D. Carlos. Como rainha, registe-se que fundou o Instituto de Socorros a Náufragos (1892), o Museu Nacional dos Coches e a Assistência Nacional aos Tuberculosos. Depois do regicídio “retira-se para o palácio da Pena” (Sintra), indo para o exílio (primeiro em Londres e, em seguida, para Versalhes, Paris) após os acontecimentos de 5 de Outubro de 1910, que instituiu a República. Morre em Outubro de 1951]
Rainha D. Maria Pia [n. a 16 de Outubro de 1847, filha do rei Vítor Emanuel II da Sardanha e Piemonte e da arquiduquesa de Áustria Adelaide de Habsburgo. Pertencia à casa real italiana de Sabóia, tendo casado com o rei D. Luís no dia 6 de Outubro de 1862, tornando-se rainha de Portugal. Era mãe de D. Carlos e do Infante D. Afonso Henriques, Duque do Porto. Residia oficialmente no Palácio da Ajuda e, como consequência do regicídio, fica muito abalada mentalmente, retirando-se da vida pública. Parte para o exílio para Piemonte, depois da instauração da República. Morre em 1911]
Infante D. Afonso [n. a 31 de Julho de 1865 e era filho de D. Luís e de D. Maria Pia, irmão de D. Carlos I. Popular, era conhecido pela curiosa alcunha do “Arreda”, dada pela sua extravagante condução automóvel, de que foi dos primeiros entusiastas em Portugal. Foi herdeiro “presuntivo” da coroa portuguesa, durante o reinado do seu sobrinho D. Manuel. Parte para o exílio, após o 5 de Outubro de 1910, fixando-se em Itália, onde morre a 21 de Fevereiro de 1920]
Infante D. Luiz Filipe [n. a 21 de Março de 1887, filho de D. Carlos e D. Amélia. Foi príncipe da Beira, depois Duque de Bragança, sendo o herdeiro da coroa portuguesa. Teve como preceptor Mouzinho de Albuquerque que o iniciou na vida militar. Morre no atentado de 1 de Fevereiro de 1908, tendo ainda (diz-se) ripostado contra um dos regicidas (Alfredo Costa)]
Infante D. Manuel [n. a 15 de Novembro de 1889, filho de D. Carlos e D. Amélia, irmão do príncipe D. Luiz Filipe. Sucede a seu pai, morto no atentado de 1908, como D. Manuel II. Parte para Inglaterra na sequência da revolta de 5 de Outubro de 1910. Foi uma figura notável, pelo seu amor a Portugal, pela sua excelente cultura história e literária e a sua grande afeição aos livros, não sendo estranho o legado dos seus trabalhos bibliográficos (pioneiros) sobre a história do livro em Portugal, do qual deixou obra estimada. Morre a 2 de Julho de 1932, estando os seus restos mortais sepultados no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa]
J.M.M.
2 comentários:
Regicídio: Homicídio de um monarca
Homicídio: Crime
Mais palavras para quê?
Até essas teriam sido escusadas; pelo conteúdo, por serem anónimas.
Enviar um comentário