domingo, 6 de abril de 2008

MANUEL JOSÉ MARTINS CONTREIRAS (parte II)

MANUEL JOSÉ MARTINS CONTREIRAS (parte II)

[Notas complementares]

Foi um dos sócios fundadores da Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses, criada em 1880, por ocasião do Tricentenário da Morte de Camões.

Em 1880, viu aprovado, por parecer da Junta Consultiva de Instrução Pública, a sua obra Cartilha da Escola (Método Legográfico), encontrando-se a leccionar na escola municipal nº 1, em Lisboa. Nessa altura participa activamente nas conferências pedagógicas, como as de 1883, onde apresenta uma tese sobre o “Ensino Associativo”.

No ano seguinte, realiza pelo menos uma conferência, na Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses, intitulada “Os princípios pedagógicos de Comenius, Pestolazzi e Froebel determinaram uma revolução no ensino”.

Martins Contreiras foi um dos elementos que integraram o primeiro directório do Partido Republicano em 1876.

Aceite como sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa em 1889, foi inscrito sob o nº 1596.

Em 1910, realizou uma outra conferência na Associação Comercial dos Lojistas de Lisboa intitulada “A Liberdade da Pesca”.

Encontraram-se colaborações em periódicos republicanos desde a década de 1870, inicialmente no Rebate, criado em Lisboa, adepto da doutrina republicana radical socialista, onde colaboravam também Carrilho Videira, Nobre França , Eduardo Maia, Silva Pinto e outros, tendo publicado 32 números. Encontramo-lo também a integrar o Centro Republicano Federal de Lisboa, tendo Manuel José Martins Contreiras feito parte integrante da comissão administrativa juntamente com Tito Lívio Dias Mendes e Carrilho Videira.

Encontramo-lo também a colaborar no Almanaque do Século (1881), na Vanguarda, Riomaiorense, Revista Pedagógica, Gazeta das Escolas, Froebel e outras.

Martins Contreiras, em 1908, era presidente da Comissão Republicana da Freguesia do Coração de Jesus, em Lisboa.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

CASTELO, Cláudia, “Manuel José Martins Contreiras”, Dicionário de Educadores Portugueses, Dir. António Nóvoa, Edições Asa, Porto, 2003, p. 386-387.
CATROGA, Fernando, O Republicanismo em Portugal. Da Formação ao 5 de Outubro de 1910, 2 vols., Faculdade de Letras, Coimbra, 1991.
HOMEM, Amadeu Carvalho, Da Monarquia à República, Palimage, Viseu, 2001.
LEMOS, Mário Matos e, Jornais Diários Portugueses do Século XX. Um Dicionário, Ariadne Editora, Coimbra, 2006.
MARQUES, A.H. de Oliveira, Correspondência Política de Afonso Costa. 1896-1910, Col. Imprensa Universitária, Editorial Estampa, Lisboa, 1982.
OLIVEIRA, Lopes de, História da República Portuguesa. A Propaganda na Monarquia Constitucional, Inquérito, Lisboa, 1947.
VALENTE, José Carlos, Elementos para a História do Sindicalismo dos Jornalistas Portugueses. Parte I (1834-1934), Sindicatos dos Jornalistas, Lisboa, 1998.

[Foto: retirada do "Dicionário de Educadores Portugueses", dir. António Nóvoa, ASA, 2003]

A.A.B.M.

1 comentário:

Anónimo disse...

O Almanaque do Século começou em 1881? Onde viram isso? O mais antigo que conheço data de 1885!

alex do blog