quinta-feira, 27 de novembro de 2008
REVISTA GRÉMIO LUSITANO Nº 13
Saiu a revista nº13 (II semestre) Grémio Lusitano [Propr. Grémio Lusitano; Direcção: Salvato Teles de Menezes, António Lopes; Coord.: S.T.M., A.L., Silvino G. Silva], contendo alguns curiosos textos, entre eles:
A Mão Invisível e a Economia – uma influência da Ideia de Grande Arquitecto em Adam Smith [via Pr. da Loja Lusitânia, onde a partir da simbólica do esquadro – enquanto símbolo e domínio da rectidão moral – se propõe analisar a obra de Adam Smith. De referir a alusão envolvendo Smith, Lord Shelburne e o martinismo – da qual ambos fariam parte, mas no que diz respeito a Adam Smith nunca provado -, na já conhecida conspiração contra o poder em França e na colónia inglesa da América do Norte] / Um excelente artigo de António Lopes, com copiosas notas biográficas sobre a azulejaria e seus autores & patrocinadores, presentes no texto "Do Convento da Santíssima Trindade à Cervejaria – ou a descoberta da descrição maçónica" / Biografias de Egas Moniz e Alberto Sampaio / curiosos textos Sobre Educação em Portugal. Eis um pequeno extracto sobre educação assinado por Montesquieu (n.s.), com sublinhados nossos:
REFLEXÃO SOBRE ALGUNS ASPECTOS ACTUAIS DA EDUCAÇÃO EM PORTUGAL:
"... Há um estranho tabu na nossa sociedade, presente até na nossa Constituição (...). Esse tabu poderia denominar-se o interdito da educação (...) o ensino está cada vez mais a confundir-se com técnica, e técnica sem alma forma monstruosidades cheias de certezas e, assim, mentalidades anti-democráticas (...)
Não falemos das escolas em pé de guerra. Para nós, maçons e antes de mais amigos da Liberdade e da Igualdade (também de tratamento e de oportunidades) – e nem falemos da Fraternidade – a educação não pode passar ao largo.
Se, por exemplo, uma avaliação antes da entrada no magistério, por júris imparciais, nos parece indispensável até para compensar a degradação da qualidade de ensino devido ao laxismo de muitas escolas superiores, o grande problema é – em todas as avaliações – como garantir que os amigos ou correligionários dos avaliadores não sejam beneficiados e os seus inimigos não sejam prejudicados. Tal não se conseguirá com critérios pensados ou escritos em ‘eduquês’, de forma abstracta e burocrática (...)
Importa que nos defendamos (e defendamos os profanos: pois é um problema geral de todos os não enfeudados e subservientes) de dirigentes avaliadores que, toldados pelo preconceito, poderão segregar os espíritos independentes, os livre-pensadores, e, desde logo, os maçons. Ninguém está a salvo (...)”
J.M.M.
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