sexta-feira, 19 de junho de 2009


HISTÓRIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA PORTUGUESA

«Propomos, neste volume, vários entendimentos para essa curta mas rica e complexa República de 16 anos que, longe de ser a aurora emancipadora e progressista que os seus apologistas e apoiantes anunciavam, desejavam e por que se bateram, acabou por se transformar na conturbada crise terminal do liberalismo português a que sucederia o longo ciclo de autoritarismo. Como venceu a República em 1910? Que contradições, que dificuldades viveu, como as resolveu, ou não, até à terrível aventura da participação na Grande Guerra? Que projectos delineou, que portas abriu ou tentou abrir nos vários campos em que procurou apostar? E como renasceu do pós-guerra, após o breve mas premonitório intervalo sidonista? Que República ou que repúblicas e anti-repúblicas foram essas que então se realinharam, também em Portugal, para a grande batalha social e política que anunciava na Europa a época dos fascismos? Afinal, porque venceu e porque morreu a Primeira República? E o que ficou dela como património de memória e reflexão para a democracia de hoje?»

in Introdução, "História da Primeira República", Edição Tinta da China, 2009

Foi recentemente publicada esta nova perspectiva sobre a Primeira República em Portugal, coordenada por Fernando Rosas e Maria Fernanda Rollo, editada pela Tinta da China, ao longo das mais de seis centenas de páginas com os contributos de alguns dos especialistas no tema como: Aniceto Afonso, Sílvia Correia, Luís Farinha, Ernesto Castro Leal, Isabel Pestana Marques, Maria Eugénia Mata, Filipe Ribeiro de Meneses, Vítor Neto, David Pereira, Joana Dias Pereira, Ana Catarina Pinto, Ana Paula Pires, Maria Cândida Proença, António Reis, Maria Fernanda Rollo, Fernando Rosas, Maria Alice Samara e João B. Serra.

Uma obra de conjunto que se aguardava e que, certamente, irá dar origem a outros estudos mais detalhados nas diferentes áreas com novos contributos, perspectivas de análise e documentos que entretanto foram sendo descobertos.

Uma obra a não perder.

A.A.B.M.

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