segunda-feira, 19 de abril de 2010

ESPÓLIO DE ANTÓNIO GINESTAL MACHADO (1874-1940) NA BNP



Realizou-se hoje, em Lisboa, nas instalações da Biblioteca Nacional, pelas 17.30 h, a apresentação do inventário e exposição sobre a figura, ainda pouco conhecida de António Ginestal Machado.

Com a doação do espólio, pela família, e a publicação do inventário, fica agora acessível aos investigadores um manancial de documentos sobre o período final da República que era fundamental salvaguardar, preservar, tratar, divulgar e tornar acessível à investigação.

Pode ler-se na nota publicada na BNP, que a seguir publicamos com a devida vénia:

No âmbito do seu programa de celebrações do Centenário da República, que conta com o Alto Patrocínio da Assembleia da República, a Biblioteca Nacional de Portugal promove um acto evocativo de António Ginestal Machado, Presidente do Conselho de Ministros da I República (1923).

A sessão, presidida pelo Secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, inclui o lançamento, no Auditório da BNP, do Inventário do Espólio de António Ginestal Machado, - obra apresentada por Pedro Tavares de Almeida, da Universidade Nova de Lisboa -, bem como a inauguração de uma mostra alusiva à personalidade em apreço.


Professor, publicista, político e estadista republicano, António Ginestal Machado nasceu na vila de Almeida a 3 de Maio de 1874 e faleceu na cidade de Santarém a 28 de Junho de 1940.

Concluídos os estudos secundários no Liceu da Guarda, rumou a Lisboa, onde se diplomou na Escola Naval (1895) e depois no Curso Superior de Letras (1897). Renunciando a uma carreira na Marinha, dedicou-se à docência, tendo sido professor e também reitor (1911-1923) do Liceu Nacional de Santarém.

Antes da Implantação da República, iniciou uma colaboração regular na imprensa, tanto local como nacional, tendo publicado regularmente no Correio da Estremadura e A Luta (dirigida por Brito Camacho), bem como participado activamente na Liga Nacional de Instrução (criada em 1907 por Trindade Coelho e Borges Grainha) e na Junta Liberal (fundada em 1909 por Miguel Bombarda), tendo presidido às respectivas delegações na cidade de Santarém.

Em 1912 filiou-se na União Republicana e, após a sua dissolução, militou no Partido Republicano Liberal (1919-1923) e depois no seu sucedâneo, o Partido Republicano Nacionalista, a cujo Directório presidiu (1923-1927). Foi deputado eleito por Santarém em três legislaturas consecutivas (1921-1926), ministro da Instrução em dois governos (1921) e presidente do Conselho de Ministros (1923). Foi ainda provedor da Misericórdia de Santarém (1919-1933) e comissário do Governo junto da Companhia dos Caminhos-de-Ferro Portugueses (1911-1940)


Uma iniciativa que o Almanaque Republicano não podia deixar de divulgar junto dos seus ledores.

A.A.B.M.

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