quarta-feira, 11 de agosto de 2010

JOSÉ DE CASTRO (PARTE IV)


Sua terra natal, a antiga vila de Valhelhas, recorda-o na toponímia da sua praça principal.Nessa terra, José de Castro foi impulsionador de vários projectos de grande importância para época: a canalização de águas públicas, a criação do posto da Guarda Nacional Republicana, a construção de escolas, entre outras iniciativas. Embora José de Castro residisse em Lisboa, eram recorrentes a suas visitas à Guarda e a Valhelhas, por vezes, na companhia de Francisco Grandela, conhecido comerciante e seu particular amigo, que terá contribuído financeiramente para a realização de alguns melhoramentos locais. [Dulce Helena Borges (coord.), Guarda. Roteiros Republicanos, Quidnovi, Matosinhos, 2010, p. 64-55]

Foi iniciado na Maçonaria, em Coimbra, na Loja Federação, desde 1869, com o nome simbólico de Lamartine. Regularizado em 1893 na Loja União Democrática, de Lisboa. Integrou ainda os quadros da Loja Comércio e Indústria (1897) e José Estêvão, a partir de 1901. Atingiu o 25º do Rito Escocês Antigo e Aceite. A partir de 1908 passa a ser grão-mestre adjunto de Sebastião de Magalhães Lima, onde se manteve até 1915 [A.H. de Oliveira Marques, Dicionário de Maçonaria Portuguesa, vol. I, Editorial Delta, Lisboa, 1986, col. 302-303].

José de Castro morreu em Lisboa no dia 31 de Julho de 1929.

Publicou:
- O Marquês de Pombal e o Jesuístismo, Coimbra, 1882;
- As Vítimas d’El Rei. História dos processos movidos contra os perseguidos políticos da Ilha da Madeira, Lisboa, 1885;
- Discursos Parlamentares nas sessões de Junho e Agosto de 1890, Lisboa, 1890;
- Pour l’arbitrage internationale et pour la paix, Lisboa, 1892;
- O Maior Crime do Regímen. O Juízo de Instrução Criminal, Lisboa, 1910;
- A Propagação, Defesa e Culto da Arvore, Lisboa, Typ. Annuario Commercial, 1912

Colaboração na imprensa:
- Distrito da Guarda, Guarda, 1878-1903;
- Ala Moderna, Guimarães, 1903-1904;
- Comércio da Guarda (O), Guarda, 1883-1904;
- Ecos da Morofa, Figueira de Castelo Rodrigo, 1903-1904;
- Ideia Livre, Porto, 1911-1916;
- Heraldo (O), Lisboa, 1911;
- Povo Português (O), Guarda, 1882-1884;
- Revista de Justiça, Coimbra, 1916-1950;

[FOTO: Na imagem o Governo liderado por José de Castro, criado em Junho de 1915, Ilustração Portuguesa]

A.A.B.M.

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