domingo, 21 de novembro de 2010

ALBERTO BRAMÃO (Parte II)



Casou com Maria Luísa Guimarães e voltou a casar em segundas núpcias com Adelaide da Silva, também ela escritora que utilizou por vezes o pseudónimo literário de “Baronesa X”.

Alberto Bramão foi proposto para sócio da Academia de Ciências de Lisboa, na sessão de 13 de Março de 1924, pelo então presidente da Classe de Letras, José Maria Rodrigues, que apresentou como obras de referência deste autor Fantasias, Ilusões Perdidas, Casamento e Divórcio, O Meu Breviário e Crepúsculos [cf. Boletim da Segunda Classe da Academia de Ciências de Lisboa, vol. XVIII (1923-1924), Imprensa da Universidade, Coimbra, 1932, p. 76]. Foi eleito como sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa em 14 de Maio de 1925, tendo como relator do respectivo parecer Júlio de Vilhena. Nesse parecer Júlio de Vilhena destaca as suas qualidades como sociólogo e moralista.

Recebeu também várias condecorações como a grã-cruz da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, comenda da Ordem de Afonso XII, de Espanha e hábito da Ordem Teutónica.

Apesar de não se ter conseguido localizar a data, tudo indica que Alberto Bramão, que tinha chegado a ser deputado pelo Partido Regenerador, passou nos últimos anos da Monarquia para o campo republicano.

D. Alberto Bramão, como ficou conhecido literariamente, faleceu em Lisboa, na Rua Leão de Oliveira, a 14 de Novembro de 1944.

Algumas notas biobibliográficas:
- "O Crime de Sendim", em parceria com Raul Brandão, O Monitor
- "Dos Apontamentos e Notas", in O Monitor, 2-XII-1888
- “No mar-alto”, Branco e Negro, Lisboa, Vol. 4, 1898, p. 268
- “Madressilvas”, Revista de Portugal, vol. I, Dir. Eça de Queiroz, Lisboa,
- «Um Filósofo», In Memoriam do Doutor Teófilo Braga 1843-1924, Imprensa Nacional, Lisboa, 1929, p. 13

Colaboração na imprensa:
- Alma Nova
- Boletim da Sociedade Literária de Almeida Garrett, Lisboa, 1903
- Branco e Negro, Lisboa, 1894-1898;
- Diário Popular, Lisboa, 1907-1910
- Diário Português, Lisboa
- Ecos da Avenida, Lisboa, 1890-1931;
- A Folha, Ponta Delgada, 1902-1917;
- Fradique, Lisboa, 1934-1935;
- Gazeta de Portugal
- Geração Nova
- Gil Braz, Lisboa, 1898-1904;
- Jornal da Noite
- O Monitor
- A Mosca, Lisboa, 1910;
- O Nacional
- Nova Alvorada, Vila Nova de Famalicão, 1891-1903;
- Pérola
- O Repórter, Lisboa, 1888-
- Revista de Portugal, Lisboa, 1890;
- República, Lisboa, 1908-1909
- Revista Azul, Lisboa, 1904-1908;
- Revista Literária, Científica e Artística do Século, Lisboa, 1902-1905;
- Soneto Neo-Latino (O), Vila Nova de Famalicão, 1929;
- A Tarde, Lisboa, 1892-1905
- Terras de Portugal, Lisboa, 1925-1935;
- A Tribuna, Lisboa, 1899-1901;
- Universal, Lisboa, 1891-1899;

Bibliografia Publicada:
- Um Beijo, Casa Editora A. Reis, Porto, 1886;
- A rir e a sério : o cantagallo (historia veridica de seus feitos) : theatros e touros : verdades e paradoxos, Livraria António Maria Pereira, 1896;
- Fantasias, Casa Editora J. Bastos, Lisboa, 1897;
- Ilusões Perdidas, Livraria António Maria Pereira, Lisboa, 1898;
- Jornalismo (O), Conferência na sede da Associação dos Jornalistas de Lisboa, 1899, 44 pag.
- A Nossa Aliança (Conferência na Associação dos Jornalistas de Lisboa), Lisboa, 1901;
- Hotéis e Água, (Conferência) no I Congresso Nacional do Turismo, 1936
- Casamento e Divórcio, Livraria Central Gomes de Carvalho, Lisboa, 1908;
- A Velhice e a Mocidade
- Crepúsculos, Lisboa, 1928;
- Sentenças, Máximas e Reflexões, Editora A Americana, Lisboa, 1924;
- O Meu Breviário, S.l., s.n., 1922;
- Julgamento do Amor (Auto em Verso),Livraria Central, Lisboa, 1935;
- Recordações, Livraria Central Editora, Lisboa, 1936;
- Últimas Recordações, s.n., Lisboa, 1945 [póstumo]
- Faúlhas dum Lume Vivo, s.n., Lisboa, 1945 [póstumo].


A.A.B.M.

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