sábado, 20 de novembro de 2010

I REPÚBLICA – LEILÃO DE MANUSCRITOS DIA 22 NOVEMBRO


Já AQUI referimos o LEILÃO de Manuscritos, Livros, Caricaturas, Fotografia e Gravura, a realizar nos próximos dias 22, 23 e 24 de Novembro pela Artes e Letras (Leilões), onde se encontram bem representados livros e manuscritos de referência para uma bibliografia republicana.

[Ms.] ALGUMAS ANOTAÇÕES CURIOSAS: MANUSCRITOS de Adelino da Palma Carlos, Afonso Costa [correspondência familiar], Afonso Lopes Vieira, Agostinho Fortes, Alberto Bramão, Albertina Paraíso [feminista], Alberto Pimentel, Alberto Xavier, Albino Forjaz Sampaio, Alfredo Pimenta, Álvaro Pinheiro Chagas, Ana Carbia Bernal [maçon e feminista], Ana Castro Osório, Anselmo Ferraz de Carvalho [de imp. Conimbricense], António Baião, António Cabral, António Cabreira, António de Paiva Gomes [ex-ministro das Finanças (1919) e das Colónias, membro do PRP, fundou o jornal "O Incondicional" em Lourenço Marques, maçon com n.s. Câmara Pestana], António França Borges [jornalista, director da Vanguarda, País, Lanterna e a Pátria, fundador e director do combatente jornal O Mundo, antigo deputado pelo PRP, maçon da Loja Montanha, com n.s. Fraternidade, etc., Venerável da Loja Futuro], António Sá Nogueira, António Sérgio, António Zeferino Cândido, Aquilino Ribeiro, Armando Agatão Lança [militar republicano, deputado, governador-civil de Lisboa, maçon da Loja Revolta de Coimbra, com n.s. Robespierre], Augusto Casimiro, Augusto José da Cunha [monárquico que se inscreve no PRP, em 1907], Azevedo Neves [médico, ministro comércio no gov. Sidónio Pais, maçon iniciado no triângulo nº159 (Amadora), com n.s. Justitia], Bernardino Machado [importantes lotes de correspondência], Câmara Reys [do grupo Seara Nova], Cardoso Marta [figueirense, republicano e escritor], Carlos Babo [adv. e escritor, anticlerical], Carlos Ferrão [contundente jornalista e panfletista republicano], Carolina Michaelis de Vasconcelos, Coronel Firmino José da Costa [interessante conjunto de documentos], Coronel Henrique Pires Monteiro [deputado republicano (1922) e Of. Sup. Exercito, fez parte do CEP, foi ministro do Comércio, maçon iniciado na Loja Liberdade, com n.s. Hipólito Mendonça], Custódio Maldona Freitas [farmacêutico instalado nas Caldas da Rainha, imp. republicano local, fundador do jornal O Regionalista (afecto ao Partido Reconstituinte), maçon iniciado na Loja Fraternidade de Óbidos, com n.s. Geleno, e adepto carbonário], David Lopes, Diogo Pacheco de Amorim [católico, deputado pela Covilhã em 1919, depois deputado pela AN], um Diploma Maçonico [curioso documento maçónico endereçado ao Mestre Berthier (n.s.) por serviços prestados como comandante da divisão de Beja, na altura da carta Constitucional, junto com documento que refere o comandante como sendo o Coronel Cristóvão José Franco Bravo (1798-1863, militar envolvido nas lutas liberais, exilado na sequência do acto de 1831, que envolveu também Alexandre Herculano, promovido a major depois do desembarque do Mindelo, depois chefe do Estado Maior da 1ª Divisão do Exército, servindo, já general, como ajudante de D. Fernando e depois marechal de campo como ajudante de D. Luís – cf. A Mocidade de Herculano, de Vitorino de Nemésio, pp.384-386)], Domingos Leite Pereira [jornalista (na Pátria, Verdade, Radical), professor, deputado do PD, Pres. C.M. Braga, várias vezes ministro (1919-24), resistente contra a ditadura militar e o Estado Novo, maçon iniciado no triângulo nº146, de Braga, com n.s. Cândido dos Reis], Egas Moniz, Elzira Dantas Machado [casada com Bernardino Machado e fundadora da Liga das Mulheres e da Associação de Propaganda Feminista], [ms] Extractos do Livro Verde ou Copiador de Junot, Fausta Pinto da Gama [feminista, fez parte do Conselho Nacional das Mulheres], Faustino da Fonseca, Fernão Botto Machado, Filomena Nogueira de Oliveira [fundadora da Junta Patriótica do Norte, 1917], Francisco da Cunha Rego Chaves [militar, ministro no governo Sá Cardoso, participante na revolta de 14 de Maio de 1915], Francisco Manuel Homem Cristo, Francisco Cunha Leal, Guiomar Torresão [feminista e fundadora do Almanaque das Mulheres], Henrique Linhares de Lima [salazarista, ministro do Interio, impulsionador da campanha do Trigo], Homem Cristo Filho [republicano radical, tendo posteriormente aderido ao fascismo], Jeanne de Almeida Nogueira [feminista, pertenceu à Liga Portuguesa da Paz], João de Barros, João Viegas Paula Nogueira [republicano, natural de Olhão, foi senador em 1918], Joaquim de Carvalho, José Domingos dos Santos [sobre o seu exílio em França, datada de 1945], José Jacinto Nunes, José Ribeiro de Castro [adv., jornalista e político, militou no Partido Progressista antes de seguir o ideário republicano, fundador do primeiro periódico republicano (na Guarda), O Povo Português, fez parte da comissão de Resistência no 5 de Outubro, foi deputado, por diversas vezes ministro, foi maçon iniciado na Loja Federação, com n.s. Lamartine, tendo desempenhado o cargo de Grão-Mestre Adjunto do GOLU (1908-1915)], José Soares da Cunha e Costa [adv. e jornalista, republicano inicialmente (pertenceu à vereação da C-M. Lisboa, 1908-11), convertendo-se ao ideal católico e monárquico, maçon iniciado na Loja Independência, com n.s. Pascal], Júlio Dantas, Júlio Lobato e Ernesto Amorim [jornalista, fundador do jornal A Voz de Angola (1908)], [ms] Livro de Actas da Sociedade Cooperativa Fraternidade Operária de Lisboa [imp. e valioso], [ms] Maçonaria – [Carta da Loja O Futuro a António Sá Nogueira, assinada por Heliodoro Salgado, comunicando-lhe a sua "irradiação" por "desinteresse pela Ordem"], Manuel Borges Grainha, Manuel Gregório Pestana Júnior [republicano, maçon e carbonário, natural de Porto Santo, deputado e ministro das Finanças, implicado na revolta da Madeira contra a ditadura, maçon da Loja Revolta, com o n.s. Bakunine], Manuel Teixeira Gomes, Maria Benedita Mouzinho de Albuquerque Pinho [republicana e feminista, pertenceu à Liga Republicana das Mulheres, tinha ligações a membros da Carbonária, amiga de Cristina Torres, que a cita na sua evocação do dia 5 de Outubro de 1910, na Figueira da Foz], Maria Olga de Morais Sarmento da Silveira [fez parte da Liga Portuguesa da Paz, dirigiu a publicação Sociedade Futura, viveu largo tempo em Paris], Maria Veleda [aliás Maria Carolina Frederico Crispin, foi professora primária e escritora, importante militante no movimento feminista e republicano, livre-pensadora e espiritualista fazia parte da Federação Espírita Portuguesa, tendo escrito importante textos sobre a mulher na revista de Espiritismo), foi iniciada na Loja Humanidade, com n.s. Angústias], Norton de Matos, Nuno Simões [republicano, economista e ministro em três governos da República], Paulino de Oliveira [marido de Ana de Castro Osório, escritor, jornalista e republicano], Xavier da Cunha.

ver CATÁLOGO AQUI

J.M.M.

5 comentários:

ANTÓNIO DA CEREJEIRA SALAZAR disse...

alguns que custaram 10 contos em 1960 (10 salários de manga de alpaca) uns 6000 euros hoje

foram vendidos nos idos de 99 pela família do colecionador por 15 continhos

e depois foram parar a figuras semi-gradas do regime

e ahora há sempre uns papalvos que farão o mesmo que há 50 anos atrás

papalvos institucionais
como a torre do tombo e a Biblioteca Nacional que comprou nos anos 90 livros que lhe tinham sido subtraidos nos anos 20

os leiloeiros têm de ganhar algum
e os clientes idem

em termos de impostos um sector que faz milhões e paga patacos

eu tenho uma carta do norton de matos
veio dentro de um pasquim

se o preço for bom
nem espero pelo centenário
do Calígula em áfrica

ANTÓNIO DA CEREJEIRA SALAZAR disse...

foi ai em Coimbra que uma biblioteca com 7000 volumes foi para o lixo há 2 ou 3 anos

são os continuadores da tradição

ou....são os outros

ANTÓNIO DA CEREJEIRA SALAZAR disse...

Álvaro Cunhal, foi Secretário-Geral do Partido
Comunista Português.
€ 50....a Olissipo sempre foi uma mina de ouro

eu tenho 2 cartões dele e um Portugal Amordaçado assinado pelo Soares
há 15 anos vendia-se por 10 contos e a Olissipo dava 2 contos por ele

hoje vende-se por 10 a 15 euros
e dão uns 2 ou 3 euros por ele
valerá uns 5 a 10 quando quinar
e vender-se-à por 25 a 50

é tudo uma questão de timing

os maçons sempre foram bons papalvos para colecionismo
têm geralmente fartos excedentes

ANTÓNIO DA CEREJEIRA SALAZAR disse...

NAMORA, Fernando. - CASA DA MALTA.
Novela. Coimbra. Coimbra Editora. 1945. In-8º de
[8], 127, [27] págs. Br.
Edição primeira, integrada na colecção "Novos
Prosadores". Muito bem conservada.
€ 30

foi vendida uma 1ª assinada por 6 euros no Trindade

e outra por 1 euro sem assinatura na Feira da ladra vinda do lixo dos alfarrabistas

mas o Vicente talvez venda a 30E
o que ninguém impinge por 10
admirável

Almanaque Republicano disse...

Meu Caro Kristus:

Desconhecia que o meu caro se retesava a ler. Julgava-o flauteado entre a nobre musika e alguma dengosa escrita para homem-a-dias, tais os dislates que volta e meia aviva este nosso blog.

Gentilmente, o meu caro, na qualidade de escrivão indígena, obsequiou-nos agora com 4 (quatro) comentários, de estilo nu, em inextinguível festim intelectual. Como tal não o compreendemos.

Ficamos, apenas, a saber que lê o camarada Cunhal (o que lhe fica bem!), que garimpa na Feira da Ladra (o que não está mal) e que conhece o Namora (Fernando). No resto o seu unguento anti-alfarrabista é uma espalhafatosa frivolidade. O meu caro Kristus só os frequenta por que assim o entende. As bibliotecas públicas existem, curiosamente. A bibliofilia é uma paixão (ou maexão) pelo infinitamente belo, uma “Pasárgada” pelo prazer. E pouco importa o seu preço, quando não se tem o exemplar que falta. Apenas saber o que se está comprando e a prudente & costumeira paciência. Que é o nosso caso, por agora.

Tenha umas boas leituras

J.M.M.