terça-feira, 4 de janeiro de 2011
ANO DE 2010 – LIVROS & OUTROS RESGATES
"Saudade – mavioso nome que tão meigo soa nos lusitanos lábios" [Carolina M. de Vasconcelos]
O Almanaque Republicano, passado o fresco tempo das Comemorações do Centenário da República (mercê do cântico largo aos "apóstolos do 5 de Outubro"), retoma o pouso & assopro do antiquíssimo cantar da "Alma Republicana". Memórias e saudades eternamente nossas! Certos que o Fiat Lux redentor dos "povos fortes e vitoriosos são aqueles que encontraram as palavras verdadeiras" [Leonardo Coimbra] ou antigos deveres.
Dado à lux por dois cavalleiros prudentíssimos, esclarecida a vigília aos dezedores da Grande Alma Portuguesa, o trabalho ou demanda do legado da República continuará segundo as nossas vontades e a V. costumeira benevolência. E entre registos biográficos onde germinará a raiz republicana (figuras & factos que a soidade tece), continuando as notas de eventos e resenhas bibliográficas históricas que redimam o Universalmente nosso, faremos espaço para saudar a reunião das Constituintes de 1911, gesta de uma geração sonhadora e generosa e que entendeu que no "silêncio de aprendiz" havia todo um mundo a fazer. Por isso não escusaremos a fadiga na nossa demanda.
Como antes – AQUI, AQUI, AQUI e AQUI – respigamos as peças bibliográficas que, neste fim de ano de celebração e vinda do espírito republicano, a historiografia contemporânea portuguesa revelou - em excelência, inovação, clareza e rigor - no seu trabalho fecundo e meritório de investigação. E que arquivamos, por nossa conta e risco.
A produção e o legado coligido ao longo do ano, por o inventário ser altivo e farto em espécies, fez da nossa escolha para 2010 um exercício confessadamente estimulante e animador! E, assim invocados neste tempo que urge ressurgir, ao olhar de frente para o notável acervo bibliográfico publicado neste ano de graça das Comemorações da Implantação da República é possível dizer que a "discussão da problemática republicana continua não apenas acesa, como, sobretudo, necessária à busca de respostas para a crise de cidadania que atravessa as sociedades contemporâneas", como refere Fernando Catroga. E nós almejamos.
Vale!
J.M.M.
A.A.B.M.
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