domingo, 23 de janeiro de 2011

O INIMIGO Nº 1 DE SALAZAR, DE PEDRO JORGE CASTRO


Vai ser apresentado amanhã, 24 de Janeiro, pelas 18:30h, na Fundação Mário Soares, o livro de Pedro Jorge Castro intitulado O Inimigo nº 1 de Salazar, editado pela Esfera dos Livros.

A apresentação da obra estará a cargo do Dr. Mário Soares.

Esta obra aborda a figura de Henrique Galvão e o protagonismo que passou a dispor depois do assalto ao paquete Santa Maria e do desvio do avião da TAP.

Pode ler-se na sinopse da obra:
Naquela manhã de 22 de Janeiro de 1961, os passageiros do paquete de luxo Santa Maria Aperceberam-se de que algo estava errado. Havia marcas de sangue no chão. Um homem armado impedia-lhes o acesso ao convés superior. Na sala do pequeno-almoço, não havia o habitual menu para a escolha dos pratos. Os empregados, com ar tenso, fazem correr a notícia, em voz baixa: «Uns rebeldes tomaram conta do navio.» A liderá-los está o capitão Henrique Galvão, o inimigo número um de António de Oliveira Salazar. Fervoroso salazarista, Henrique Galvão começa a desiludir-se e a afastar-se dos ideais defendidos pelo Estado Novo em 1949 quando afronta o regime na Assembleia Nacional, onde denuncia a escravatura e vários negócios promíscuos que envolvem a Administração de Angola. Estava aberta a porta para o confronto entre os dois homens que se conheciam bem. Seguiu-se uma tentativa falhada de atentar contra a vida do presidente do Conselho, em 1951, a prisão, uma espectacular fuga do Hospital de Santa Maria e o exílio. Salazar terá desabafado na altura: «Vamos arrepender-nos mil vezes. É muito mais perigoso que (Humberto) Delgado.» Salazar não estava enganado. Galvão escreve uma violenta carta aberta a Salazar, prepara a «Operação Dulcineia», que durante largos dias ocupa páginas e páginas da imprensa internacional. O regime ficava exposto. O exílio no Brasil não trava o seu ímpeto de lutador anti-fascista. Segue-se o sequestro de um avião da TAP e o depoimento contra Portugal na sede das Nações Unidas, arriscando-se a ser preso e extraditado para Portugal.

Uma iniciativa que recomendamos.

A.A.B.M.

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