quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

JOÃO CHAGAS NA “REPUBLICA PORTUGUEZA”


“Estou convencido a serio, porque pertenço ao grande numero dos indisciplinados republicanos que querem a Republica – de que uma revolução se fará dentro em breve, a mais nobre, a mais generosa, a mais simpática de quantas revoluções tem tentado um povo ofendido, em nome da sua dignidade e da sua honra.

Quero-a, desejo-a, promovo-a e disso me ufano. Com a minha consciência vivo na mais perfeita beatitude. Da minha inteligência faço o uso mais nobre. Estou tranquilo por mim, porque pratico uma boa acção. Como convencional, fiz comigo próprio um pacto que vai desde a liberdade à morte. Ao serviço da minha causa pus todo o meu pensamento, todo o meu sentimento, toda a minha acção (…)

Vivemos sobre lama. Os pés enterram-se-nos no solo. Quanto esforço, quanto trabalho, quanta coragem para consolidar o chão que nos foge! … Pois bem! Batidos, vencidos, eu, nós, os meus companheiros de combate, recomeçaremos em qualquer ponto onde estejamos, aqui ou na terra estrangeira, dando o nosso sacrifício pessoal, entregando a nossa felicidade, a nossa vida à causa da pátria e da liberdade. A opinião e a historia condenarão os que prevaricarem e, se algum de nós os julgar um dia, dirá inexoravelmente como Manuel falando do rei de França: ‘Um traidor de menos, não é um homem de menos

João Chagas, in artigo na "Republica Portugueza"

J.M.M.

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