domingo, 28 de julho de 2013

URBANO RODRIGUES (Parte I)


Nascido em 9 de Julho de 1888, na freguesia de Santa Maria, em Serpa, com o nome completo de Urbano Pires Lavado Côrte-Real Rodrigues, filho de Rafael Florêncio Raimundo Rodrigues [Nascido a 23 de Fevereiro de 1864] e Ermínia José da Palma [Nascida a 4 de Novembro de 1862].

Aprendeu as primeiras letras em Moura, onde frequentou a escola primária. Em Moura, terra de onde era natural a família paterna, permanece até à adolescência. Entretanto, o pai emigra para África e, mais tarde, para o Brasil. Depois parte para Lisboa, com 16 anos. Na capital, frequentou o Curso Superior de Letras, onde teve como mestre Teófilo Braga. Inicia colaboração na imprensa republicana de Lisboa, como o diário Vanguarda, quando ainda era dirigido por Magalhães Lima ou no País, dirigido por Meira e Sousa, colaborando com a publicação de folhetins. Neste último jornal fazia parceria com Alfredo Guimarães, Carlos Frederico Parreira, Aquilino Ribeiro e Pinto de Carvalho (Tinop), em 1907. [Cf. Ernesto Rodrigues, Mágico Folhetim. Literatura e jornalismo em Portugal, Editorial Notícias, Lisboa, 1998, p. 426]. Foi um dos organizadores da homenagem que foi feita a Teófilo Braga quando este assinalou as bodas de ouro literárias.

Passou ainda também pelo Século, onde colaborou na página literária durante algum tempo, e pelo Mundo, onde assumiu as funções de chefe de redacção desde 1908, tendo passado a director do jornal, a partir de 5 de Março de 1922. Nessa altura o jornal encontra-se dominado por Alberto Totta, que domina o capital da empresa proprietária do jornal.

Urbano Rodrigues casa em Lisboa, a 30 de Outubro de 1922 com Maria da Conceição Tavares. Deste casamento resultam três filhos Urbano Augusto Tavares Rodrigues [Nascido a 6 de Dezembro de 1923], Jorge Eduardo Tavares Rodrigues [Nascido a 22 de Junho de 1927] e Miguel Urbano Tavares Rodrigues [Nascido em 2 de Agosto de 1925].

Tudo indica que a sua estreia literária aconteceu em 1905, com uma peça de teatro intitulada Caminho da Ventura, a que se seguiu O Camarim, com episódios da vida artística, mais tarde a peça de costumes alentejanos, Maria da Graça. As duas últimas peças foram escritas em parceria com Vítor Mendes e foram estreadas nos teatros D. Amélia e D. Maria. A Última Aventura, peça num acto, que teve estreia no Teatro de S. Carlos, em 1915. Ainda no campo teatral, Urbano Rodrigues decidiu que esta peça em três actos fosse publicada em 1918, juntamente com a peça Maria da Graça.[Luiz Francisco Rebello, 100 Anos de Teatro Português (1880-1980), Brasília Editora, Porto, 1984, p. 119].
[Em continuação]
A.A.B.M.

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