Aprendeu as primeiras letras em
Moura, onde frequentou a escola primária. Em Moura, terra de onde era natural a
família paterna, permanece até à adolescência. Entretanto, o pai emigra para
África e, mais tarde, para o Brasil. Depois parte para Lisboa, com 16 anos. Na
capital, frequentou o Curso Superior de Letras, onde teve como mestre Teófilo
Braga. Inicia colaboração na imprensa republicana de Lisboa, como o diário Vanguarda, quando ainda era dirigido por
Magalhães Lima ou no País, dirigido
por Meira e Sousa, colaborando com a publicação de folhetins. Neste último
jornal fazia parceria com Alfredo Guimarães, Carlos Frederico Parreira,
Aquilino Ribeiro e Pinto de Carvalho (Tinop), em 1907. [Cf. Ernesto Rodrigues, Mágico Folhetim. Literatura e jornalismo em
Portugal, Editorial Notícias, Lisboa, 1998, p. 426]. Foi um dos
organizadores da homenagem que foi feita a Teófilo Braga quando este assinalou
as bodas de ouro literárias.
Passou ainda também pelo Século, onde colaborou na página literária
durante algum tempo, e pelo Mundo,
onde assumiu as funções de chefe de redacção desde 1908, tendo passado a
director do jornal, a partir de 5 de Março de 1922. Nessa altura o jornal
encontra-se dominado por Alberto Totta, que domina o capital da empresa
proprietária do jornal.
Urbano Rodrigues casa em Lisboa,
a 30 de Outubro de 1922 com Maria da Conceição Tavares. Deste casamento resultam
três filhos Urbano Augusto Tavares Rodrigues [Nascido a 6 de Dezembro de 1923],
Jorge Eduardo Tavares Rodrigues [Nascido a 22 de Junho de 1927] e Miguel Urbano
Tavares Rodrigues [Nascido em 2 de Agosto de 1925].
Tudo indica que
a sua estreia literária aconteceu em 1905, com uma peça de teatro intitulada Caminho da Ventura, a que se seguiu O Camarim, com episódios da vida
artística, mais tarde a peça de costumes alentejanos, Maria da Graça. As duas últimas peças foram escritas em parceria
com Vítor Mendes e foram estreadas nos teatros D. Amélia e D. Maria. A Última Aventura, peça num acto, que
teve estreia no Teatro de S. Carlos, em 1915. Ainda no campo teatral, Urbano Rodrigues
decidiu que esta peça em três actos fosse publicada em 1918, juntamente com a
peça Maria da Graça.[Luiz Francisco
Rebello, 100 Anos de Teatro Português
(1880-1980), Brasília Editora, Porto, 1984, p. 119].
[Em continuação]
A.A.B.M.
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