LIVRO: Raúl Rego – O Jornalista e o Político;
AUTOR: Natália Neves dos Santos;
EDIÇÃO: Poética Edições.
LANÇAMENTO em COIMBRA.
DIA: 12 de Junho 2014 (18,00 horas);
LOCAL: Casa da Cultura de Coimbra (Coimbra);
APRESENTAÇÃO: dr. António Arnaut.
"Homem
da História e de estórias. Homem de palavra e de palavras. Homem de uma só cara
e de múltiplas facetas. Assim foi Raúl da Assunção Pimenta Rêgo (1913-2002),
mais conhecido por Raúl Rêgo (ou Raul Rego, na grafia actual), um dos
protagonistas da história contemporânea portuguesa do século XX.
Transmontano nascido em Morais (Macedo de Cavaleiros), Rêgo deixou a terra-natal aos 13 anos, para prosseguir os estudos, ingressando na Congregação do Espírito Santo e do Imaculado Coração de Maria.
Abandonou
o seminário poucos meses antes de ser ordenado sacerdote, mas nem por isso
desprezou o que de melhor recebera durante os anos vividos enquanto
seminarista: a bagagem intelectual e moral entretanto adquirida e a forte
amizade que, naquele meio, construíra com um dos seus professores, o padre
Joaquim Alves Correia, pessoa sobre quem o transmontano dizia ter sido a sua
principal referência ao longo da vida. Transmontano nascido em Morais (Macedo de Cavaleiros), Rêgo deixou a terra-natal aos 13 anos, para prosseguir os estudos, ingressando na Congregação do Espírito Santo e do Imaculado Coração de Maria.
De
regresso ao mundo laico e secular, Raúl Rêgo desenvolveu uma vasta actividade
profissional na imprensa, como jornalista, sofrendo, diariamente e durante
décadas, o peso da censura que sufocou o país até à Revolução dos Cravos.
Ao
mesmo tempo, acérrimo opositor do regime salazarista/marcelista, Rêgo
participou em variados actos e movimentos antifascistas, evidenciando desde
cedo a sua afeição aos ideais republicanos, democratas e socialistas pelos
quais pautou a sua vida pública.
A
estes atributos outros se adicionaram, em testemunho do vasto trajecto
profissional, cívico e cultural que percorreu: professor, historiador, maçon,
homem da arte e da cultura. Partindo da reconstituição e da interpretação das
suas principais vivências entre 1913 e 1974, somos convidados a revisitar e a
repensar conceitos e realidades que, estranhamente ou não, nos deveriam ser
mais próximos e familiares nos tempos que correm: democracia, direitos humanos,
cidadania, educação cívica, patriotismo, escola pública, justiça, igualdade
perante a lei, solidariedade, tolerância, justa distribuição da riqueza,
cooperação internacional.
Em
última instância, esperamos que, com o presente trabalho de investigação sobre
Raúl Rêgo, possamos contribuir também para o despertar desses valores cívicos"
[Natália Neves dos Santos, in Raúl Rego, O Jornalista e o Político]
J.M.M.
Sem comentários:
Enviar um comentário