quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

MATEUS MARTINS MORENO JÚNIOR (Parte II)

Enquanto esteve em Angola representou a Sociedade Broteriana de Coimbra, tendo procedido ao levantamento e envio de espécies botânicas para estudo dos elementos desta sociedade científica. Ainda em Lubango integrou a direcção da Casa da Metrópole e serviu como delegado da Sociedade de Geografia de Lisboa. Cria um museu militar em Lubango e funda a revista Escoteiro da Huíla, entretanto vai leccionando no Liceu Diogo Cão, em Lubango. Desenvolve acções de propaganda junto da população indígena, realizou exposições e sessões de divulgação. Foi Chefe do Serviço de Informações do Governador Geral de Angola, tendo sido o responsável pela sua organização inicial.

Regressado a Lisboa, em 1950, foi o responsável pela organização da Exposição das Bodas de Diamante da Sociedade de Geografia de Lisboa. Pertenceu à delegação do Algarve para as Comemorações do V Centenário do Infante D. Henrique. Participou também de forma activa na comissão organizada pela Sociedade de Geografia para se erguer um monumento em homenagem ao General Henrique de Carvalho, em 1941, tendo desempenhado as funções de secretário desta comissão.

Mas a sua ligação ao Algarve e à imprensa local nunca esmoreceram. Manteve-se sempre na direcção da Alma Nova e colaborou com muitos periódicos algarvios. Refira-se ainda que foi fundador da Casa do Algarve em Lisboa, à qual presidiu entre 1952 até 1961. A partir de então foi seu presidente honorário. Nessa fase, realizaram-se inúmeras conferências na Casa do Algarve em Lisboa, reuniram-se em vários volumes esses trabalhos na série Estudos Algarvios, desenvolveram-se iniciativas como a homenagem a Júlio Dantas em Lisboa e em Lagos, descerramento do epitáfio de Coelho de Carvalho em Ferragudo, construção em São Brás de Alportel do monumento a Bernardo de Passos, criação da Casa do Povo da Conceição, freguesia de onde Mateus Moreno era natural e onde tinha família, prestou a sua colaboração para que se fizesse a construção do monumento a João de Deus em São Bartolomeu de Messines, desenvolveu campanha para angariar fundos que visavam a construção em Sagres de um monumento ao Infante D. Henrique (monumento este que acabaria por ser construído em Lisboa, junto ao rio Tejo). Martins Moreno faleceu em 19 de Maio de 1970, com 77 anos de idade.

Era casado com Rosária Fernandes Salgado Moreno. Pertenceu a diferentes organismos como a Cruz Vermelha Portuguesa, sócio do Instituto de Socorros a Náufragos, da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Sociedade Cultural de Angola, da Casa da Metrópole em Luanda, onde foi director desde 1945, foi membro da União Nacional e da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. Recebeu também as seguintes condecorações: Medalha Militar de Prata de Comportamento Exemplar, medalha Comemorativa da Guerra (1914/18), medalha da Vitória e o grau de Oficial da Ordem Militar de Aviz, entre outros reconhecimentos públicos.

Colaborou em múltiplos órgãos de imprensa regional, nacional e das colónias, onde se destacam as colaborações nas seguintes publicações: A Mocidade, Alma Nova, Correio do Sul, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Boletim da Casa do Algarve, Panorama, Portugal Colonial, Revista de Artilharia, Revista Militar, Vida Algarvia, entre muitas outras publicações periódicas regionais e nacionais.

Bibliografia Activa:
- A Luta contra o Analfabetismo e o Problema do Ensino no Algarve, Congresso do Algarve, 1915;
- Prece ao vento (poemeto), 1915;
- De Portugal à Flandres -  Cinco cartas de guerra e Cinco Companheiros de Luta, 1918;
- Pátria e Exército : oração da bandeira, Lisboa, Ressurgimento, 1922.
- Minha Pátria (poema), 1923;
- A Sinfonia Macabra (Máximas de Kultur), 1920.
- O Valido (drama histórico publicado em folhetins no periódico Folha de Arte).
- Sangue d’Epopeia. A Artilharia Portuguesa na Flandres, 1921.
- A Carta (peça em verso, num acto), 1928.
- A Nova Guerra e a Artilharia, 1928;

- “Semana de Lisboa”, Vida Algarvia, Faro, 07-07-1929, Ano I, nº 2, p. 4, col. 1.
- “Semana de Lisboa: A Crise Ministerial e a sua solução”, Vida Algarvia, Faro, 14-07-1929, Ano I, nº 3, p. 6, col. 1 e 2.
- “Semana de Lisboa: A tentação do mar…”, Vida Algarvia, Faro, 28-07-1929, Ano I, nº 5, p. 4, col. 2 a 4.
- “A «Vida» em Lisboa”, Vida Algarvia, Faro, 04-08-1929, Ano I, nº 6, p. 4, col. 3 a 5.
- “A «Vida» em Lisboa”, Vida Algarvia, Faro, 11-08-1929, Ano I, nº 7, p. 4, col. 2 a 4.
- “A «Vida» em Lisboa”, Vida Algarvia, Faro, 18-08-1929, Ano I, nº 8, p. 4, col. 2 a 4.
- “A «Vida» em Lisboa”, Vida Algarvia, Faro, 01-09-1929, Ano I, nº 10, p. 4, col. 2.
- “A «Vida» em Lisboa: Crónica da Semana”, Vida Algarvia, Faro, 08-09-1929, Ano I, nº 11, p. 4, col. 2 e 3.

- Os Algarvios no Movimento da Expansão Portuguesa, 1931;

- Os quatro pontos cardeais do regionalismo algarvio, Parceria António Maria Pereira, 1934.
- Figuras coloniais / Mateus Moreno. - Sá da Bandeira, [1937]: Vouga. - 20 p.
Livro de Homenagem ao Prof. Fernando Frade: por ocasião de 70º aniversário. - Lisboa : Junta de Investigações do Ultramar, p. 383-419.
- Figuras coloniais : General Henrique de Carvalho, benemérito da pátria / Mateus Moreno. - [S.I. : s.n.], 1937 (Sá da Bandeira : Tip.Vouga. - 20 p. ; 23 cm. - Obra que referencia o General Henrique de Carvalho em África.
- A acção do exército no movimento colonizador de Portugal, Portugal Colonial. - Nº 45 (1934), p. 17.
- Fastos militares da ocupação do Sul de Angola [Ilustrado], Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. - Série. - 58, 1-2 (1940), p. 30-65.
- Aspectos da defesa militar de Angola / Mateus Moreno. - [S.I. : s.n.], 1940 (Lisboa : L.C.G.G.. - 13 p. ; 23 cm. - Obra que se debruça sobre o sistema militar, as forças armadas e a segurança assegurada pela mesma em Angola.
- “Aspectos de defesa militar de Angola”, Revista Militar, Outubro de 1940.
- A missão nacionalizadora do exército no ultramar, O Mundo Português. - Vol. 9, 106 (1942), p. 441-444
- Construtores do Império / Mateus Moreno. - Lisboa : [s.n.], 1943. - 15 p. ; 22 cm. - Revista de Artilharia. Obra que referencia o General Henrique de Carvalho em África.
- O Colégio Militar (Esboço monográfico), Lisboa, 1944;
- Fastos militares da ocupação do sul de Angola - Lisboa : Agência Geral das Colónias, 1945. - 54 p. : il. - Pelo Império ; 108)
- A juventude de Angola lições de patriotismo, Casa da Metropole, 1946;
- Possibilidades de Angola para as indústrias do saco e do papel, Luanda : Casa da Metrópole, 1947. - 55 p. : il. ; 23 cm. - Cadernos coloniais de propaganda e informação, n.º 13.
- Corporativismo e propaganda colonial / Mateus Moreno. - Luanda : Casa da Metrópole, 1947. - 32, [3] p. ; 22 cm. - O corporativismo e a propaganda colonial em Luanda, Angola.
- Subsídios para estudo das regiões de além-Cunene, Mensário administrativo : publicação de assuntos de interesse ultramarino / direcção dos Serviços de Administração. - Nº6 (1948), p. 31-33
- Exposição comemorativa das Bodas de Diamante – Ilustrado, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. - Série 68, 11-12 (1950), p. 633-686
- O Algarve rende homenagem a Trás-os Montes na evocação de um dos seus filhos mais ilustres feita por um insigne escritor militar algarvio e heróico combatente das campanhas de Angola - Publicado no «Jornal de Benguela», Angola, de 3-1-1955.
O Coronel Bento Roma (1884-1953) : homenagens e consagrações em 1954 e 1955 / pref. Ferreira Martins. - Lisboa : [S.N.], [1955?]. - P. 155-158.
- Hino de Sagres [ Música impressa] : prémio "Libânio Correia" do concurso musical promovido pela Casa do Algarve, Lisboa, 1957 / Elvira de Freitas, Letra de Mateus Moreno. [S.l. : s.n.. 1957.
- Sob os signos de Ossónoba e do turismo, Panorama, IV série, nº 3 (1962)- Páginas não numeradas.
- In Memoriam – General José Paulo Fernandes;

Colaborou regularmente com o semanário algarvio Correio do Sul onde publicou alguns trabalhos que merecem particular menção: um conjunto de artigos publicados entre 22 de Junho a 3 de Agosto de 1941, sob o título “Artilharia e Artilheiros do Algarve” e ainda uma série de mais de duas dezenas de artigos subordinada ao título “Medalhões Algarvios”, onde esboçava traços biográficos e biobibliográficos detalhados sobre algumas das mais personalidades algarvias mais em evidência e que merecem consulta dos estudiosos.

O corpo do Major Mateus Martins Moreno foi sepultado no talhão dos Combatentes, no cemitério do Alto de S. João em Lisboa, a 20 de Maio de 1970.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
- Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Coord. Eugénio Lisboa, Org. Instituto da Biblioteca e do Livro, Publicações Europa América, Mem Martins, 1994.

- “Da Vida que Passa: Major Mateus Moreno”, Correio do Sul, 28-05-1970, Ano 51, nº 2707, p. 1, col. 2 e 3, p. 4, col. 2 e 3.

- Marreiros, Glória Maria , Quem Foi Quem? 200 algarvios do século XX, Edições Colibri, Lisboa, 2000.

- Mesquita, José Carlos Vilhena, “A Imprensa Republicana no Algarve”, José Mendes Cabeçadas Júnior e a Primeira República no Algarve [Catálogo da Exposição], Coord. Luís M. Guerreiro e Diogo Gaspar, Comissários Científicos: Elsa Santos Alípio/Artur Barracosa Mendonça, Câmara Municipal de Loulé. Divisão de Cultura e Museus, Loulé, 2010.

- Quem é Alguém, Portugália Editora, Lisboa, 1947.

A.A.B.M.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CONFERÊNCIA - MAÇONARIA E TEMPLARISMO


CONFERÊNCIA: "Maçonaria e Templarismo

ORADOR: Nuno Nazareth Fernandes;
DIA: 28 de Fevereiro 2014 (19,00 horas);
LOCAL: Grémio Lusitano [Rua do Grémio Lusitano, 25,
Lisboa];
ORGANIZAÇÃO: Museu Maçónico Português [Ciclo “Sextas de Arte Real”]

"A história das origens do Templarismo são incertas e, de certo modo, as que actualmente consideramos como mais fidedignas são as que estes nos fizeram chegar até aos dias de hoje.

Isto é, considera-se que a Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão foi criada por Hugo de Payens e mais oito  cavaleiros em 1118, com o apoio do rei Balduíno II de Jerusalém, com a finalidade de proteger a rota de transporte dos peregrinos dos ataques que sofriam quando se dirigiam a Jerusalém.

A Ordem do Templo cresceu rapidamente em membros e em poderio político, militar e económico, e ganha grande prestígio em toda a Europa, tornando-se credora financeira de senhores e reis.

Em 13 de Outubro de 1307 foi dada ordem de prisão aos Templários emitida por Filipe o Belo, por indicação do conselheiro real Guilherme de Nogaret.

Em 19 de Março de 1314 é queimado vivo Jacques de Molay, grão-mestre da Ordem dos Templários.

Depois da extinção da Ordem do Templo alguns cavaleiros templários refugiaram-se na Escócia, tendo apoiado o rei Robert Bruce a conseguir a independência da Escócia, depois da vitória espectacular em 24 de Junho de 1314, na batalha de Bannockburn.

Em 1737 o Cavaleiro de Ramsay na Loja de Epernay, em França, apresentou um discurso em que reivindicou uma origem templária para a Maçonaria, originando uma corrente de ideias, baseada neste mito, que esteve na génese de altos graus e, de sistemas maçónicos, que proliferaram no universo maçónico oitocentista, com grande impacto em França, e na Alemanha.

O Barão de Von Hundt inicialmente e depois Charles de Hesse, Ferdinand de Brunswick, Jean de Turkheim, Saint-Martin, Mesmer, Martinets de Pasquallys, etc. têm um contributo significativo na criação do RER, sendo contudo Jean-Baptiste Willermoz quem o estrutura em 1756, segundo alguns historiadores, este rito consolidou-se em 1778 no Convento de Lyon, e foi reafirmado no Convento de Wilhemsbad em 1782.

Jean-Baptiste Willermoz tem igualmente um papel relevante na criação de um Rito que amalgama essas três tendências:

 - A Maçonaria existente em França na sua vertente mais significativa - Escossismo;

 - As doutrinas dos Elus Cohens do Sistema de Martinetz de Pasquallys;

 - O Sistema da Estrita Observância Templária.

Os graus templários subsistem em vários ritos da maçonaria atual e, em ordens neo-templárias. Permanece, contudo, ténue a fronteira entre o histórico e o mitológico, sendo este um dos aspectos que esta conferência poderá tentar ajudar a aprofundar e a clarificar.

[Fernando Castel-Branco Sacramento - Director do Museu Maçónico Português]
J.M.M.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O ETERNO RETORNO: ESTUDOS EM HOMENAGEM A ANTÓNIO REIS



AUTOR: AA.VV. – Coord. Maria Inácia Rezola & Pedro Aires Oliveira;
EDITORA: Campo da Comunicação, 2013, 696 p.

LANÇAMENTO:

DIA: 26 de Fevereiro 2014 (18,30 horas)
LOCAL: Biblioteca da Assembleia da República
ORADOR: Jaime Gama

António Fernando Marques Ribeiro Reis (Lisboa, 1948) tem um percurso de vida exemplar. Militante e dirigente político desde muito jovem, destacou-se como deputado à Assembleia Constituinte e como um dos mais activos membros do Secretariado Nacional do Partido Socialista nos anos da Revolução de 1974-1975. Institucionalizada a ordem democrática, desenvolve actividade política enquanto deputado do Grupo Parlamentar Socialista e Secretário de Estado da Cultura do II Governo Constitucional. Em termos académicos, inicia o seu percurso na área da Filosofia, mas foi na História que se notabilizou. Desde logo, como professor da licenciatura de História e do Mestrado em História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. A sua ligação a esta instituição traduziu-se igualmente numa intensa actividade nos seus diferentes órgãos científicos e de gestão mas também no seu empenho na fundação e afirmação do Instituto de História Contemporânea, onde ocupou cargos directivos de 1993 a 2010. Impulsionador de áreas de estudo como a História da I República, das Oposições ao Estado Novo, da Revolução de Abril e da Transição para a Democracia” [AQUI]
 
J.M.M.

ANNUNCIO


in ALMANACH DO TRINTA (1882), III Anno, Typ. Popular (Rua dos Mouros, 41, 1º), Lisboa, 1881, p. 68

Almanach do Trinta digitalizado AQUI

J.M.M.

A REPÚBLICA


in A Republica. Jornal do Povo, nº1, 25 de Abril de 1848
 
 
REPÚBLICA! Governo da natureza? Governo da Igualdade! Governo da liberdade sem licença! Governo d’amor entre todos os Homens! Governo angélico!

República! Nome vão, se não passas de nome! ..."
 
J.M.M.

MEMÓRIAS E DOCUMENTOS: RESISTINDO À GUERRA



DIA: 27 de Fevereiro (17,00 horas);
LOCAL: Arquivo Nacional da Torre do Tombo [
Lisboa];

"O Arquivo Nacional da Torre do Tombo assinala o centenário da I Grande Guerra com a exposição Memórias e documentos: resistindo à guerra numa abordagem desenvolvida em núcleos temáticos abrangendo o (re)desenho político e geo-estratégico do mundo,  a resistência aos efeitos da guerra vividos em Portugal, as imagens de guerra captadas pelo fotógrafo Arnaldo Garcês e as memórias da guerra perpetuadas nos monumentos aos mortos em combate" [AQUI

J.M.M.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

MATEUS MARTINS MORENO JÚNIOR (Parte I)


Militar. Combatente na Grande Guerra.
Escritor e jornalista.
Mateus Martins Moreno Júnior nasceu em Faro a 27 de Setembro de 1892. A paixão pela cidade que o viu crescer e pelo Algarve revelaram-se logo na sua mocidade, através da participação na imprensa e no movimento associativo locais, e fizeram dele um fervoroso regionalista. Presidiu à Academia do Liceu de Faro, onde fez estudos preparatórios. Fundou, em Outubro 1911, o quinzenário académico A Mocidade, sendo da sua lavra a rubrica «Horas líricas», onde publicou muita poesia. A revista manteve-se até Abril de 1913 e com ela colaboraram muitos dos autores que, mais tarde, estarão presentes na Alma Nova: José Guerreiro de Murta, José Dias Sancho, C. A. Lister Franco, entre muitos outros. Ainda enquanto estudante no Liceu de Faro escreveu a sua primeira peça de teatro A Carta.

Em finais de 1914, Martins Moreno veio para Lisboa, para frequentar o curso de Matemáticas, da Faculdade de Ciências. Terá sido essa a razão da transição da redacção, administração e impressão da Alma Nova para a capital. Não obstante os deveres académicos, Martins Moreno manteve uma intensa relação com a vida algarvia, como dá testemunho a organização do I Congresso Regional do Algarve, a direcção da revista Alma Nova, a publicação dos primeiros livros e outras actividades.


Em 1917, foi mobilizado com ordem de marcha para França, incorporado no C.E.P., como alferes miliciano de artilharia de campanha, conseguiram interromper a actividade como escritor e como director da Alma Nova. No entanto, não é de excluir que as dificuldades que a revista registou no cumprimento da periodicidade, no final de 1916 e início do ano seguinte, se ficassem a dever à ausência de Martins Moreno. Na frente, redigiu e publicou alguns livros sobre o conflito militar e estudos técnicos sobre a sua arma, que foram apreciados pela hierarquia do exército. Na Alma Nova foram publicadas 5 cartas com as suas impressões da viagem e da chegada a França (N.º 21-24, pp. 73-79).

Terminada a guerra Martins Moreno optou pela carreira militar, frequentando a Escola de Guerra. Também fez o Curso Superior Colonial, em resultado do qual obteve algumas missões em Angola e desempenhou altos cargos. Atingiu o posto de Major, em 1942. Recebeu condecorações como o Grau de Oficial, com Decreto de 7 de Fevereiro de 1941 e Grau de Comendador, com Decreto de 10 de Maio de 1957. Mateus Moreno foi igualmente promotor exposições, instituiu prémios, cunhou medalhas, recordou o notável algarvio Álvaro Botelho, festejou o centenário da cidade de Lubango, elaborou o projecto de novo Regulamento de Continência e Honras Militares, integrou como oficial de justiça o Conselho Superior de Disciplina Militar, em cujo cargo de fundador da instituição, impulsionou a construção de edifícios e delegações. Exerceu a docência no Colégio Militar de 1942 a 1944, em Lisboa. Foi ainda também docente na Escola Superior Colonial.

[em continuação].
A.A.B.M.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ENCONTROS NA BIBLIOTECA - Portugueses na Grande Guerra:dois testemunhos médicos.




A Sociedade Histórica da Independência de Portugal promove na próxima Quinta-feira, 20 de Fevereiro, pelas 17 horas, uma conferência com o Professor Doutor João de Almeida Flor.

O tema da conferência será a participação de Portugueses na Grande Guerra: dois testemunhos médicos.

Catedrático pelo Departamento de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa e membro honorário da Academia Portuguesa da História. Com extensa obra publicada e actividade científica.
Graus Académicos (1980) - Agregação- Universidade de Lisboa; (1978) - Doutoramento em Letras. Literatura Inglesa - Universidade de Lisboa.

Sobre o conferencista, ver mais na publicação de Homenagem que lhe foi feita e que pode ser descarregada/consultada AQUI.

Esta conferência inscreve-se no ciclo subordinado ao tema genérico Encontros na Biblioteca.

Um evento a divulgar.

A.A.B.M.

HOMENAGEM AO PROF. JOAQUIM VERÍSSIMO SERRÃO EM SANTARÉM

Promovido pelo semanário Correio do Ribatejo, vai realizar-se no próximo dia 22 de Fevereiro de 2014, uma sessão de homenagem ao Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão.

Proceder-se-á então ao descerramento do retrato do homenageado a que se seguirá uma conferência sobre o percurso cívico, de investigação e ensino desenvolvido por este historiador.

O evento terá lugar na Rua Serpa Pinto, nº 98, pelas 16 horas.

A acompanhar com atenção.

A.A.B.M.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CONFERÊNCIA – “1728-1802 O DEALBAR DA MAÇONARIA EM PORTUGAL”

 


ORADOR: Manuel Pinto dos Santos;
DIA: 20 de Fevereiro (21,00 horas);
LOCAL: Rua do Patrocínio, nº19 B, Campo de Ourique [
Lisboa];
ORGANIZAÇÃO: Amigo da História

“O início da Maçonaria em Portugal no século XVIII nada teve em comum com o sistema de implantação maçónica em Inglaterra ou em França. Em Portugal estiveram ausentes do processo os alquimistas e os homens da ciência hermética; por outro lado, a Nobreza nunca esteve interessada em participar na Maçonaria, mesmo que se entenda esta como uma forma de mera sociabilidade típica da época. Coube aos literatos, principalmente ao médio e baixo clero, militares, académicos e uma emergente pequena burguesia a tarefa de implantar a Maçonaria em Portugal.

A coroa nem sempre perseguiu os maçons, pois precisava deles. Daí nunca ter dado o beneplácito régio à bula papal In Eminenti de 1738, nem à carta apostólica In Providas Romanorum de 1751.

O discurso de que a Maçonaria era jacobina por natureza, utilizado até à exaustão pelo intendente Pina Manique e pelo abade José Agostinho e Macedo, não teve tradução real até 1802, data em que Hipólito José da Costa Pereira foi enviado como mandatário de quatro lojas de Lisboa à Grand Lodge of England (Modernos) fazer o tratado, a partir do qual se constituiria a Grande Loja de Portugal em 1802” [AQUI]
 
FOTO: Avental do Grau 18 do Rito Escocês Antigo e Aceito, bordado a fio de ouro e linha sobre seda com aplicações de tecido, metal e lantejoulas. Séc XIX. – Museu Maçónico, aliás via Casa Comum.
 
J.M.M.


EDUARDO SANTOS SILVA. CIDADÃO DO PORTO (1879-1960)

 
EDUARDO SANTOS SILVA. Cidadão do Porto (1879-1960), Org. de Gaspar Martins Pereira; pref. de Aquilino Ribeiro, Campo das Letras, 2002, 419-I pags.

O Dr. Eduardo dos Santos Silva, mais do que o antigo ministro da República, o professor e o médico, por mais que ele fosse excelente em cada um desses misteres, eu vejo, admiro e amo, através de todos  e de tudo, o homem. O homem, sempre igual a si próprio, sempre de espinha e cabeça erguida, que nunca traiu a sua Fé. O homem de profunda humanidade, que exerceu o governo, como um mestre de civismo, tolerância e compreensão entre os homens; a medicina como um sacerdócio; e o ensino como apostolado. (...)

Felizes nós que o temos como amigo; feliz o Porto, que o tem como herdeiro e símbolo das suas melhores virtudes; feliz o povo português, que nele pode rever-se, como num espelho ideal,” (Jaime Cortesão, Carta a Ramos de Almeida, 17 de Março de 1959)".

via In-Libris

J.M.M.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A REGOA NA MEMÓRIA DA REPÚBLICA


LIVRO: "A Regoa na Memória da República" (2014);
AUTOR: Pedro Santos Lopes;

 LANÇAMENTO:

DIA: 19 de Fevereiro (18,30 horas);
LOCAL: Espaço Wine Bar do Museu do Douro (Peso da Régua);

ORADOR: Doutor Álvaro Garrido [F.E.U.C.]

J.M.M.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

CARICATURA - MANUEL DE ARRIAGA E JOÃO CHAGAS



BILHETE-POSTAL com a caricatura representando o Presidente da República, Manuel de Arriaga, e João Chagas, Chefe de Governo entre Setembro e Novembro de 1911.

O Chefe do Governo surge capturando ratos que trazem um chapéu de cura, em alusão aos símbolos do anterior regime e à gorada incursão monárquica levada a cabo por Paiva Couceiro na fronteira norte de Portugal (em 4 de Outubro de 1911).

via Casa Comum, com a devida vénia

J.M.M.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

CONFERÊNCIA – CONSTITUCIONALISMO E LUTAS LIBERAIS. MAÇONARIA EM PORTUGAL


CONFERÊNCIA / DEBATE: " Constitucionalismo e Lutas Liberais – a Maçonaria em Portugal

ORADOR: Francisco Carromeu;
DIA: 22 de Fevereiro (16,00 horas);
LOCAL: Rua Maria Emília da Silva Carvalho, nº12 [
Leiria];

ORGANIZAÇÃO: Museu Maçónico Português [Ciclo “Novos Paradigmas”]

A Revolução Francesa surpreendeu toda a Europa para alterações institucionais cuja dimensão ninguém esperava. Era o Antigo Regime a desmoronar-se para dar lugar a um outro que deveria partir de fundamentos diferentes. Enquanto se definiam essas novas bases institucionais, o abade Barruel, em 1792, sugere que na origem da queda do regime antigo estariam quatro forças conspiradoras: os maçons, os enciclopedistas, os iluministas e os filósofos. Foi assim criada a primeira teoria da conspiração com a acusação das novas ideias, da discussão livre das ideias e daqueles que se reuniam a coberto, com a legitimação das condenações que a Igreja tinha operado com as bulas de 1738 e 1751.

Nunca os maçons tinham sido associados às revoluções políticas que então iriam começar em todo o ocidente cristão e que só terminariam na primavera dos povos de 1848.

Desde então, nunca mais a Maçonaria se conseguiu libertar dessa sua natural propensão para as conspirações, pela sua simples forma de reunião a coberto, entre indivíduos que se aceitam entre si como iguais, independentemente das suas crenças religiosas ou filiações partidárias e que só emitem opiniões que sejam suas, livres de qualquer constrangimento.

Contudo, a Maçonaria nunca foi responsável directa por qualquer revolução.  A sua forma de reunião em loja não permite qualquer acto revolucionário, mas os seus membros, pelo simples facto de serem livres, tornam-se, naturalmente, potencialmente revolucionários em qualquer regime opressor dos mais elementares direitos de cidadania.

Nessa medida, os maçons são, de facto, responsáveis pelas revoluções liberais de finais do séc. XVIII, princípios do séc. XIX, que deram ao mundo os regimes constitucionais que ainda hoje conhecemos, a liberdade de consciência e a igualdade de todos perante a lei. E construíram os regimes políticos baseados na lei, o sufrágio universal, a liberdade individual e a soberania das nações, fundamentos que hoje correm alguns riscos.

Em Portugal, particularmente, foram os maçons que começaram essa discussão nas lojas maçónicas ainda antes da existência de qualquer organização que a promovesse; criaram as sociedades patrióticas, os clubes, os partidos políticos, os sindicatos, as seguradoras, as mútuas, as cooperativas, os grémios, as associações empresariais, as filarmónicas e tantas outras organizações que estruturaram a sociedade moderna. E foram os maçons que reformaram o Estado e a própria Igreja, consagraram a separação de poderes e aceleraram a evolução da humanidade numa base contratual entre os cidadãos e o Estado que lhes pertencia.
Os maçons souberam encontrar soluções inovadoras para ultrapassar uma das mais profundas crises da nossa história; desempenharam então um papel de enorme relevância cívica.

Os tempos são outros, mas seguramente, com trabalho e perseverança os maçons hão-de, igualmente, saber dar um contributo efectivo para ultrapassar a actual crise financeira e de valores que o país atravessa e que hipoteca as gerações vindouras e o futuro". [AQUI]

[Fernando Castel-Branco Sacramento, Director do Museu Maçónico Português - Rua do Grémio Lusitano nº 25, Lisboa]

J.M.M.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

LIBÉRATION – “NOUS SOMMES UN JOURNAL”




LIBÉRATION – “NOUS SOMMES UN JOURNAL”: Nous sommes un journal, pas un restaurant, pas un réseau social, pas un espace culturel, pas un plateau télé, pas un bar, pas un incubateur de start-up …” [8 DE Fevereiro de 2014]

 
Fundado em 1973 (o manifesto editorial data de 5 de Fevereiro e o seu nº1, sai a 18 Abril) - a partir de um grupo formado por Jean-Paul Sartre, Serge July, Philippe Gavi, Bernard Lallement et Jean-Claude Vernier – de forte influência “maoista” [ou liberal-libertária, como lhe chamou Serge July, jornalista e militante da “La Cause du Peuple”], o Libé marcou uma época do jornalismo combatente, provocador, assumindo-se como um jornal fora da lógica do mercado. Por isso, essa curiosa e virtuosa “sociedade de redactores” tinha como divisa “Peuple, prends la parole et garde-là!”. E assim, benevolente, iconoclasta, com coração ousado e com ilustrados leitores, o seu sonho durou o que tinha de durar. No caso 33 anos. Em 2006 (Novembro), no rigor da estação invernosa do jornal, Serge July deixa o Libé. Perdeu contra Rothschild, a publicidade e o mercado. Mas a rebeldia e o atrevimento fez história. E faz história... ainda!
 
J.M.M.

A FACULDADE DE DIREITO DE LISBOA NO SEU CENTENÁRIO (1913-2013)

 
A Faculdade de Direito de Lisboa no seu Centenário 1913-2012”, Vol. I (A Instituição) & Vol. II (Os Doutores), Dir: Martim de Albuquerque; Coord. Martim de Albuquerque, Gonçalo Sampaio e Mello e Luís Waldyr; Dir. Artística: Luísa Castelo dos Reis; Fotografia: António Nascimento e Nuno Antunes, Lisboa, Faculdade de Direito de Lisboa, 2013, II Vols (620+462) pags.

"Os dois volumes de História da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa correspondem a um trabalho colectivo de professores e investigadores escolhidos e coordenados pela Comissão do Centenário.

Esta Comissão foi presidida pelo Professor Catedrático Jubilado Prof. Doutor Martim de Albuquerque. Cabe-me a honra de ser o Director da Faculdade no ano em que se comemora o centenário e de poder, representando a sua comunidade escolar, agradecer aos autores, aos colaboradores, aos membros da Comissão e ao seu Presidente o trabalho efectuado em prol da nossa Escola.

Trata-se de um registo de factos, situações, opiniões, imagens, biografias e contributos das pessoas que fizeram da nossa Faculdade uma presença incontornável na História de Portugal. E também uma referência elevada do ensino superior universitário público do Direito no país, no espaço de língua comum e na Europa …" [Prof. Doutor Eduardo Vera-Cruz Pinto] – ler MAIS AQUI e AQUI
 
[ALGUMAS ANOTAÇÕES NOSSAS]:
 
 Do Vol. I [A Instituição]:
 
- “Os Antecedentes e a Fundação (Das Origens a 1927)”, texto de Luís Bigotte Chorão (pp. 14-199);
 
- “A Extinção e a restauração (1928)”, texto de Luís Bigotte Chorão (pp. 200-207);
 
- “A Consolidação (1928-1958), texto de Pedro Soares Martinez (pp. 208-317).
 
Do Vol. II [Os Doutores]:
 
- [Algumas Notas Biográficas sobre]: Afonso Costa [Luís Bigotte Chorão], Abel de Andrade [António Menezes Cordeiro], José Tavares [idem], Joaquim Pedro Martins [Martim de Albuquerque], Caeiro da Matta [Pedro Soares Martinez], Ruy Ulrich [Fernando Araújo], António Abranches Ferrão [L. B. Chorão], Fernando Emygdio da Silva [F. Araújo], Carneiro Pacheco [Marcelo Rebelo de Sousa], Paulo Merêa [Gonçalo Sampaio e Mello], José Maria Barbosa de Magalhães [L. B. Chorão], Albino Vieira da Rocha [idem], José Ludgero Neves [Sílvia Alves], Alberto Rocha Saraiva [Paulo Otero], Nobre de Mello [P. S. Martinez], João Tello de Magalhães Colaço [Diogo Freitas do Amaral], Fezas Vital [P. S. Martinez], Jaime de Gouveia [L. B. Chorão], Armindo Monteiro [M. R. de Sousa], Manuel Rodrigues [L. B. Chorão], João Pinto da Costa Leite (Lumbrales) [F. Araújo], Marcelo Caetano [Jorge Miranda], Adelino da Palma Carlos [Paula Costa e Silva], Manuel Cavaleiro Ferreira [Maria Fernanda Palma], Luís Pinto Coelho [G. S. e Mello], Inocêncio Galvão Telles [P. S. Martinez], Armando Marques Guedes [J. Miranda], Isabel Magalhães Colaço [Luís de Lima Pinheiro], André Gonçalves Pereira [Fausto de Quadros], António de Sousa Franco [Eduardo Paz Ferreira], …    
 
J.M.M.

 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

IDEIAS E PRÁTICAS DO COLONIALISMO PORTUGUÊS DOS FINS DO SÉCULO XIX A 1974: CICLO DE CONFERÊNCIAS NO MUSEU BERNARDINO MACHADO, EM FAMALICÃO

Inicia-se na próxima sexta-feira o ciclo de conferências organizado pelo Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão, desta vez dedicado ao tema genérico Ideias e Práticas do Colonialismo Português.

O primeiro convidado é o Prof. Doutor Adriano Vasco Rodrigues que vai abordar a temática Vivências de Angola nos finais da colonização.
Poder ler-se um resumo curricular do conferencista no blogue Do Presente, de Amadeu Gonçalves:

Director Jubilado da Schola Europaea (Bélgica) e Ex-Professor Associado da Universidade Portucalense, o Prof. Adriano Vasco Rodrigues trabalhou em Angola entre as décadas de 1960/70 como Inspector Provincial Adjunto da Educação, colaborando com o Instituto Superior de Investigação Científica de Angola. Estas funções levaram-no a percorrer de automóvel mais de trezentos mil quilómetros naquele território, adquirindo profundo conhecimento do mesmo. Além de responsável pela planificação de cursos de aperfeiçoamento e de actualização de docentes do Ensino Secundário e Básico, realizou prospecções e escavações arqueológicas e subaquáticas no mar de Luanda, realizando também estudo no Deserto de Namibe. Com a Dr.ª Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, organizou a Secção de Arqueologia do Museu de Angola e a primeira Carta da Pré-História daquele país. Publicou vários trabalhos sobre educação, pré-história, arqueologia e arte africana, estudos relacionados com Angola. É autor do livro de memórias “De Cabinda ao Namibe” (2010), o qual teve uma segunda edição em 2011.

Mais uma iniciativa que se saúda do Museu Bernardino Machado, coordenado pelo Prof. Norberto Cunha

Além desta estão previstas as seguintes conferências:
- Miguel Santos (“O pensamento e a acção colonial de Paiva Couceiro”);
- Paulo Jorge Fernandes (“As ideias colonialistas de Aires de Ornelas”);
- Sérgio Neto (“As ideias colonialistas de Brito Camacho”);
- Ernesto Castro Leal (“As ideias colonialistas de José de Macedo”);
- Pedro Miguel Sousa (“As ideias colonialistas de Salazar”);
- Pedro Aires de Oliveira (“As ideias colonialistas de Armindo Monteiro”);
- Luís Reis Torgal (“As ideias colonialistas de Marcello Caetano”).

Tal como nos restantes ciclos de conferências, também este está a aguardar a acreditação junto do Conselho Científico e Pedagógico de Formação Contínua, para as disciplinas de História (200 e 400), Filosofia (410), Geografia (420) e Economia (430). 

A sessão realiza-se próximo dia 14 de Fevereiro, pelas 21h 30, sendo a entrada gratuita e com entrega de certificados de presença a todos os participantes.

A.A.B.M.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A MEMÓRIA DA GRANDE GUERRA (1914-1918): EXPOSIÇÃO BIBLIOGRÁFICA E DOCUMENTAL NA BIBLIOTECA MUN. DE SETÚBAL


Uma iniciativa que merece divulgação entre os descendentes dos participantes na I Guerra Mundial, dos interessados na temática e dos investigadores que procuram sempre novas referências, bibliografia e iconografia sobre os acontecimentos e as memórias que permanecem da participação portuguesa na guerra.

Pode ler-se na divulgação do evento:

O centenário do início da Grande Guerra é assinalado em Setúbal com uma mostra de livros e outros documentos, a inaugurar no dia 1, à tarde, na sala de exposições dos serviços centrais da Biblioteca Municipal.

O testemunho de quem combateu e de quem viveu de perto o conflito à escala mundial é recordado nesta mostra, intitulada “A Memória da Grande Guerra (1914-1918): exposição bibliográfica e documental”, aberta ao público a partir das 16h00.

A exposição, organizada por João Reis Ribeiro, patente até 28 de fevereiro, é uma forma de a Câmara Municipal de Setúbal em parceria com a Associação Cultural Sebastião da Gama prestar homenagem aos combatentes e preservar a memória do primeiro conflito mundial.

Da toponímia, como o Largo dos Combatentes, em Setúbal, e a Avenida dos Aliados, no Porto, aos argumentos cinematográficos, como “Um longo domingo de noivado” e “Cavalo de guerra”, sem esquecer os literários, “A filha do capitão”, de José Rodrigues dos Santos, esta exposição apresenta, em diversos suportes, uma evocação da passagem dos cem anos do início da guerra.

Também as obras históricas, como “Memórias da Grande Guerra”, do médico, político e historiador Jaime Cortesão, estão em exposição, sugerindo ao visitante a pesquisa sobre a entrada de Portugal no conflito.

Em Portugal, o impacte da guerra, terminada simbolicamente às 11h11 do dia 11 de novembro de 1918, deu-se em abril desse mesmo ano, durante a “Batalha de La Lys”, na qual as tropas do Corpo Expedicionário Português na Flandres foram atacadas pelo exército alemão e sofreram pesadas baixas, numa luta desesperada por manterem as suas posições.

“A Memória da Grande Guerra (1914-1918): exposição bibliográfica e documental” pode ser visitada durante o mês de fevereiro, de segunda a sexta das 09h00 às 19h00 e aos sábados das 14h00 às 19h00.

Um evento a divulgar e a visitar até final do mês de Fevereiro.

A.A.B.M.