quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

CONGRESSO – ARQUIVOS E PATRIMÓNIO DA SOCIEDADE CIVIL. RESGATAR A MEMÓRIA DA ACÇÃO COLECTIVA EM PORTUGAL (SÉCULO XIX E XX)


CONGRESSO: Arquivos e Património da Sociedade Civil. Resgatar a Memória da Acção Colectiva em Portugal (Séculos XIX e XX)”;

DATA: 16 e 17 de Janeiro 2015;
LOCAL: FSCH (UNL) / Instituto de História Contemporânea (Lisboa);
ORGANIZAÇÃO: Maria Fernanda Rollo (IHC-FCSH/UNL) | Joana Dias Pereira (IHC-FCSH/UNL) | Bruno Monteiro(IHC-FCSH/UNL) | Fernando da Mota (IHC-FCSH/UNL) | Sandra Patrício (IHC-FCSH/UNL).

PROGRAMA FINAL: VER AQUI

“O congresso ARQUIVOS E PATRIMÓNIO DA SOCIEDADE CIVIL debaterá e promoverá projectos de salvaguarda da memória da acção colectiva.

Entre os conceitos clássicos da teoria política utilizados no discurso científico contemporâneo, sociedade civil está entre os que conheceu uma mais expressiva recuperação nas últimas décadas, referindo-se sobretudo às associações voluntárias, aos movimentos e às redes sociais cuja intervenção na esfera pública marcou a emergência da contemporaneidade. Os estudos históricos ilustram a complexidade deste universo e o papel que as instituições para a acção colectiva desempenharam no processo histórico, como veículo principal para a participação cívica de homens e mulheres na construção das sociedades modernas.

Parte considerável dos estudos demonstra que, desde as revoluções liberais, a acção colectiva, institucionalizada ou informalmente organizada: promoveu alternativas às leis de mercado, baseadas na mutualidade e na cooperação; destacou-se na mitigação de carências sociais e na promoção de políticas públicas; reivindicou protecção e direitos sociais; impulsionou um novo tipo de sociabilidade, com relevantes funções pedagógicas e culturais; mobilizou largas camadas da população na defesa da liberdade, da paz e da prosperidade dos povos.
As associações e os movimentos sociais que marcaram dos séculos XIX e XX legaram um património material e imaterial incontornável para a reconstrução do nosso passado colectivo. A preservação e divulgação dos seus arquivos, colecções, espólios e testemunhos, reveste-se da maior importância para os investigadores e as instituições, para o progresso científico e cívico.

O congresso ARQUIVOS E PATRIMÓNIO DA SOCIEDADE CIVIL pretende contribuir para a identificação desse legado e para a valorização e divulgação de diversos projectos de recuperação, salvaguarda e disponibilização de acervos produzidos por associações de diversas tipologias. Com esta programação, ambiciona-se sobretudo estimular o debate sobre a necessidade de replicar estas experiências e lançar um ambicioso desafio à sociedade civil no sentido de proteger e promover os seus arquivos e património.

É de sublinhar que esta missão tem despertado um crescente empenho da comunidade científica e nomeadamente dos arquivistas. O Conselho Internacional de Arquivos lançou recentemente uma directiva aconselhando as organizações não governamentais (ONG’s) a preservar e partilhar a sua documentação e elaborou uma adaptação da ISAD (G) adequada a organizações de defesa dos direitos humanos, o que mostra como esta é uma tarefa importante e urgente.

Neste sentido, convidamos investigadores, arquivistas, instituições da sociedade civil e públicas - associações mutualistas, cooperativas, culturais, desportivas, científicas, arquivos, museus entre outras - a participar neste debate com comunicações que incidam sobre os seguintes temas:

-Identificação e apresentação de fundos arquivísticos, colecções e espólios de instituições da sociedade civil;

-Recuperação e salvaguarda de fundos arquivísticos, colecções e espólios de instituições da sociedade civil;


-Organização e divulgação de fundos arquivísticos, colecções e espólios de instituições da sociedade civil;


-Reconstituição de fundos arquivísticos, colecções e espólios de instituições da sociedade civil existentes em entidades oficiais e particulares;


-Investigação com base em de fundos arquivísticos, colecções e espólios de instituições da sociedade civil.


É sobre toda esta anátema que importa reflectir, procurando-se na presente conferência analisar as causas que suscitaram as principais perseguições e incompreensões associadas a este fenómeno e as possíveis formas de as evitar” [AQUI]


J.M.M.

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