quarta-feira, 13 de abril de 2016

SEMINÁRIO CULTURA, CIÊNCIA E POLÍTICA EM PORTUGAL NO SÉCULO XX



Hoje, 13 de Abril de 2016, inicia-se o Seminário Cultura, Ciência e Política em Portugal no Século XX que se vai prolongar até 8 de Junho, com temas que vão ser debatidos pelos convidados.

O primeiros convidados vão ser os Doutores José Neves e Luís Trindade que vão debater o tema:
 - Cultura, Ciência e Nacionalismo.

José Neves é professor auxiliar no Departamento de História da FCSH – Universidade Nova de Lisboa e investigador do IHC. É autor de Comunismo e Nacionalismo em Portugal (2008) e e coordenou, entre outros, Como se Faz um Povo – Ensaios de História de Portugal Contemporâneo (2010), A Política dos Muitos – Povo, Classes e Multidão (2010) e Álvaro Cunhal – Política, História e Estética (2013).
Luís Trindade é atualmente Investigador FCT no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. É também Senior Lecturer em Estudos Portugueses no Birkbeck College da Universidade de Londres, desde 2007. Trabalhou sobre nacionalismo português e outros aspectos da história cultural do século vinte, e em 2008 publicou O Estranho Caso do Nacionalismo Português. O Salazarismo entre a literatura e a política, pela Imprensa de Ciências Sociais. Tem publicado igualmente sobre as histórias do cinema, dos intelectuais, do jornalismo e da publicidade em Portugal. Em 2013, editou The Making of Modern Portugal, uma introdução à história contemporânea de Portugal. Em Junho de 2016, publicará Narratives in Motion. Journalist and Modernist Events in 1920s Portugal, sobre as relações entre modernismo e jornalismo. Neste momento, a sua investigação debruça-se sobre a cultura audiovisual em Portugal entre 1950 e 1990.
Pode ler-se na nota de divulgação do presente seminário:
Seminário livre oferecido em conjunto pelo Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudo em Música e Dança, pelo Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa e pelo Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa que visa debater as relações entre intelectuais, cientistas e artistas, por um lado, e o poder político, por outro.
Mais especificamente, o seminário visa explorar a forma como, ao longo do século em questão, ciência e cultura, designadamente as artes, foram fazendo parte do arsenal de estratégias governativas ao dispor do poder político para adestrar e conduzir as condutas de indivíduos e da população em geral. Em contrapartida, o seminário procura ainda explorar a forma como a mesma relação teve tradução nos produtos simbólicos oriundos de cada um desses domínios e nos itinerários sociais e políticos de artistas, cientistas e intelectuais. Paralelamente, interessa-nos ainda olhar para o próprio Estado (e para o seu crescimento) enquanto resultado (parcial) e veículo de determinadas ambições políticas e corporativas (profissionais) da parte dos mesmos. Finalmente, a um nível historiográfico, importa confrontar a opção reiterada por histórias da cultura e história da ciência separadas e testar a possibilidade e a utilidade de optar por uma história político-intelectual integrada.
Em suma, através da apresentação, da sistematização e da discussão colectiva de alguns dos mais recentes estudos de caso sobre o tópico, e tendo como horizonte as dinâmicas estéticas e epistémicas próprias do campo intelectual, o seminário visa assim desencadear uma apreciação da importância relativa que as ciências e as artes, nomeadamente a música, as artes plásticas, a literatura e a arquitectura, tiveram no desenvolvimento e na institucionalização, ao nível do Estado, de práticas governativas que hoje dizemos modernas e que têm sido caracterizadas ora pelas estratégias “microfísicas” de exercício do poder, a que dão corpo, ora pela tentativa de disseminação do poder-infra-estrutural do Estado, a que podem ser associadas.
ENTRADA LIVRE | Inscrição prévia obrigatória aqui.
Organização:
Manuel Deniz Silva (INET-md), Frederico Ágoas (CICS.NOVA) e Tiago Baptista (IHC)

Um excelente conjunto de iniciativas que resultaram desta parceria de instituições.
Compareçam e divulguem entre os potenciais interessados no tema.
Com os votos do maior sucesso.
A.A.B.M.

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