PORTUGALA ESPERANTISTO. Órgão mensal do Movimento Esperantista
Português. Ano I, nº 1 (Janeiro de 1936) ao nº 8 (Agosto
de 1936); Propriedade: L.E.S Nova Vojo,
Liga dos Esperantistas Ocidentais e L.E.S. Antauen [no nº1]; Administração e Redacção: Rua Jardim do
Regedor, nº5, 4 º, Lisboa; Editor: Joaquim
Costa; Director: Manuel de Jesus
Garcia; Impressão: Sociedade
Industrial de Tipografia (Rua Almirante Pessanha, 5, Lisboa) [ao nº3, Tip. A
Montanhesa (Rua Luz Soriano, 71, Lisboa]; Lisboa; 1936, 8 numrs
Colaboração: A. Couto, Afonso de Castro, Alsácia Fontes Machado, António Alves, Carvela Ribeiro, Costa Júnior, Jacinto Benavente, José Antunes, José Vicente Júnior, Júlio Baghy, Júlio Dantas, Justinho Carvalho, L. Beaufront, Lígia de Oliveira, Luzo Bemaldo, Manuel de Jesus Garcia, Mário Pedroso de Lima, Ramiro Farinha, Saldanha Carreira [importante impulsionador do esperantismo português], [Simões Raposo – entrevista].
Trata-se de um periódico esperantista (bilingue), que se dizia “órgão
do movimento esperantista”, que se publicou em 1936, em Lisboa. Foram
fundadores e proprietários três organismos esperantistas: a “L[aboristas] E[sperantistas]
S[ocieto] Nova Vojo”, a “Liga dos Esperantistas Ocidentais” e a “L.E.S. Antauen”.
PORTUGALA ESPERANTISTO AQUI DIGITALIZADO
► «Esta "língua internacional auxiliar", cuja história
remonta (também em Portugal) aos finais do século XIX, conhece um ressurgimento
na década de 30 do século XX, e é nesse contexto que este jornal, bilingue, se
apresenta em editorial: "Ao publicarmos o primeiro número (...),
cumpre-nos dizer duas palavras sobre o seu aparecimento. É muito difícil, quási
impossível, por nos faltarem elementos, determinar com precisão as causas do
desenvolvimento do Esperanto no país, depois de 1931. Certo é que, dessa data
em diante, as sociedades, as secções e cursos de Esperanto se multiplicaram de
uma maneira assombrosa, não só na capital como na província, num ritmo com
tendência a acelerar-se. Só em Lisboa, o número de esperantistas filiados nas
organizações citadinas duplicou e, constatando êsse número salta logo à vista
que, paralelamente, nada estava feito que pudesse unificar e coordenar os
esforços de todos, dando-lhes consciência de uma finalidade a atingir."
Essa coordenação, lê-se no editorial do número seguinte, fazia
parte da missão do Portugala Esperantisto, que se propunha como
"instrumento de aproximação entre as sociedades esperantistas e
consequentemente entre os esperantistas", com vista à futura constituição
de uma entidade coordenadora, não um "organismo de carácter associativo ou
federativo", antes uma "comissão que interrelacione os grupos".
Saiba mais na ficha histórica da publicação, por Rita Correia, aqui.
Em paralelo, disponibilizamos, aqui, a Grammatica da lingua internacional auxiliar Esperanto,
editada no Porto em 1907, da autoria de José Augusto Proença e o Curso completo
(elementar, médio e superior) de Esperanto, aqui, em 16 fascículos, editado pelo Portugala Instituto de
Esperanto entre 1934 e 1935.
Para assinalar a disponibilização destes materiais, iremos
realizar na Hemeroteca, amanhã, 7 de dezembro, pelas 17:30h, a sessão O
Esperanto como veículo de paz e amizade entre os povos : do Portugala
Esperantisto aos nossos dias. Rita Correia falará do passado do Esperanto e
Miguel Boieiro, orador convidado, falará do seu presente e das perspetivas de
futuro. Mais informações aqui» [via Hemeroteca]
J.M.M.
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