LIVRO:
Do Minho ao Mandovi: um Estudo sobre o pensamento Colonial de Norton de Matos;
AUTOR: Sérgio Neto;
EDITORA: Imprensa da Univ. de Coimbra, 2016.
AUTOR: Sérgio Neto;
EDITORA: Imprensa da Univ. de Coimbra, 2016.
(RE)LANÇAMENTO
[AQUI a nossa Nota de lançamento]:
DIA:
12 de Março 2018 (17,15 horas);
LOCAL: Escola Secundária José Falcão (Biblioteca), Coimbra;
ORADORES: Prof. Luís Reis Torgal | Prof. Armando Malheiro da Silva;
LOCAL: Escola Secundária José Falcão (Biblioteca), Coimbra;
ORADORES: Prof. Luís Reis Torgal | Prof. Armando Malheiro da Silva;
“A
longa vida do general José Norton de Matos (1867-1955) teve na questão
colonial, apesar do “Milagre de Tancos” e da sua candidatura à presidência da
República, em 1949, um esteio maior. Com efeito, a sua comissão na Índia,
(1898-1908), onde dirigiu os Serviços de Agrimensura, a sua participação na
missão encarregue de delimitar os limites de Macau (1909-1910), assim como os
cargos de Governador-Geral (1912-1915) e de Alto-Comissário (1921-1924) da
província de Angola, assinalaram muitos anos de actividade no Ultramar, a que
se seguiu, uma vez concluída a acção no terreno, a redacção de livros de pendor
doutrinário e uma vasta colaboração em jornais e revistas, sendo de destacar
aquela que desenvolveu n’O Primeiro de Janeiro (1931-1954).
De resto, é possível falar num saber (sobretudo) de experiência
feito, em que Norton beneficiou do contacto directo com colonialistas de
gerações anteriores, como Mouzinho de Albuquerque, Henrique Paiva Couceiro ou
Joaquim José Machado, governador da Índia quando da sua chegada a este
território. Seja como for, as leituras dos clássicos ingleses da colonização
tiveram o seu lugar no ideário “nortoniano”, expressando o general grande
apreço pela aliança com a Grã- Bretanha e admiração pelos seus processos
administrativos nos territórios africanos e na Índia.
O objectivo deste estudo é seguir o percurso colonial de Norton
de Matos, de modo a integrá-lo na sua época. Havendo convivido com a questão
ultramarina, ao longo de três regimes políticos, ensaiar-se-á avaliar a sua
experiência colonial a partir das linhas de força da Monarquia Constitucional,
da Primeira República e do Estado Novo. Apreciar os debates e os argumentos
trocados. Explicar o impacto da geopolítica mundial do período de entre-guerras
no olhar desta importante figura histórica portuguesa do século XX, cotejando-a
com a mitologia colonial herdada da Primeira República e aqueloutra
desenvolvida pelo Estado Novo.
Importa, pois, estabelecer os pontos de contacto entre os três
regimes e explicitar algumas ideias que permearam as suas visões, nomeadamente,
o mito prometeico da “gesta colonizadora”, o Apartheid, a miscigenação e o
entendimento colonial que fazia dos imperialismos coloniais, assim como as
primeiras independências, na Ásia e em África [AQUI]
J.M.M.
Sem comentários:
Enviar um comentário