Júlio
Emílio Gonçalves Louro nasceu a 29 de Janeiro de 1928. Neto de António Augusto
Louro (1870-1949) – nascido no Sabugal, formado em ciências farmacêuticas
[adquire uma farmácia no Seixal, a partir da qual exerce uma importante
influência cívica local; cf. António Lopes, “António Augusto Louro. Um Maçon há
cem anos”, 2005], é uma figura incontornável do ideário republicano e maçónico;
ao longo da sua vida, António Augusto Louro, manteve uma intensa intervenção cívica,
cultural e política [integrava, como maçon (n.s. Luso) da Loja Firmeza, a
Comissão de Resistência Maçónica à data do 5 de Outubro de 1910, pertenceu à
Carbonária, foi um entusiasta da educação, escrevendo curiosos materiais
pedagógicos na sua luta contra o analfabetismo, fomentou as Escolas Moveis, intervém
no movimento associativo fundando o Montepio dos Operários, Filarmónicas,
Grupos Dramáticos, pertenceu à Associação de Registo Civil, é jornalista e
fundador do periódico Seixalense (1902), integra a comissão que promove a primeira
Festa da Árvore (26 de Maio de 1907), promove Associações de Beneficência,
Associações de Bombeiros, funda centros republicanos (Alcanena, Torres Novas), lojas
maçónicas (Seixal, Barreiro, Sesimbra, Moita, Alcanena), foi administrador dos
concelhos de Torres Novas, Coruche e Alcanena, milita nas atividades do MUD e
participa na campanha presidencial de Norton de Matos] – com ele viveu e aprendeu
os valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, com ele aprendeu e ensinou que
“sem Liberdade não há Democracia e sem Instrução não há Liberdade”.
Júlio
Louro - que pertencia ao Grémio Lusitano, tendo sido agraciado a 16 de Fevereiro, último, com a Ordem Maçónica Hipólito José da Costa [AQUI] - foi um cidadão sem fadigas, verdadeiramente humilíssimo, harmonioso nos afectos,
fraterno com os semelhantes, de uma generosidade sem limites.
O seu
funeral decorrerá amanhã, pela 16 horas, no cemitério de Benfica.
Até
sempre, Júlio Louro
J.M.M.
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