LIVRO:
Alma Luzitana. Phase da Guerra Luso-Alemã em Naulila, Africa – (1914-1915);
AUTOR: J[osé] M[aria] Ferreira de Castro;
EDIÇÃO: Belém (Pará), Typ. F. Lopes, Dezembro de 1916.
AUTOR: J[osé] M[aria] Ferreira de Castro;
EDIÇÃO: Belém (Pará), Typ. F. Lopes, Dezembro de 1916.
“Esta peça teatral de Ferreira de Castro nunca foi reeditada e dificilmente o virá a ser nos tempos mais próximos, em virtude de Direitos de Autor. Seria uma boa peça para os bibliófilos da I GG.
Contudo, à falta do texto, podem ler o enredo AQUI “ [Maria Clara Vasco Campanilho Barradas, Estudos de Teatro. A Obra Dramática de Ferreira de Castro – tese de Mestrado] - Via Emílio Ricon Peres [Memória da República], com a devida vénia e forte abraço
► “Ferreira de Castro (1898-1974) é um dos mais
reconhecidos romancistas portugueses do século XX. Começou a escrever por volta
dos 13 anos e foi apurando a sua técnica em contos e novelas. Fruto da pouca
experiência, esses textos são ainda frágeis na sua composição. A partir de
1928, as suas obras, principalmente romances, revelam já maturidade na técnica
e nos temas, podendo a obra do escritor ser, portanto, dividida em duas fases. Ferreira
de Castro escreveu também quatro textos dramáticos, três na primeira fase e um
na segunda.
A primeira peça – Alma luzitana (1916) – foi escrita no Brasil,
para onde o escritor tinha emigrado. Foi publicada, mas – tanto quanto se sabe
– não foi representada. Conta a história de uma família desfeita em
consequência da guerra. A segunda peça – O rapto (1918) – também foi escrita no
Brasil. Existe apenas um manuscrito deste texto, que foi representado na cidade
de Belém, no Pará. Tem como questão central a emancipação da mulher. O Mais
Forte (1922), a terceira peça, já foi escrita em Portugal. Este texto,
distinguido num concurso de peças do Teatro Nacional Almeida Garrett, nunca foi
editado nem representado, existindo apenas o manuscrito. Retrata a vontade de
um homem em subir na vida a todo o custo. A quarta e última peça – Sim, uma
dúvida basta (1936) – é a única que pertence à segunda fase da obra de Ferreira
de Castro. Foi escrita a pedido do actor Robles Monteiro, mas a sua
representação foi impedida por ordem superior. O texto, que só foi editado em
1994, expõe um caso jurídico de consciência e de dúvida.
A peça mais interessante e bem construída de Ferreira de Castro
é Sim, uma dúvida basta. Mesmo assim, a leitura das outras não deixa de ser
pertinente para se conhecer e entender o percurso literário de Ferreira de
Castro que o levou até à sua fase canónica.” [AQUI]
J.M.M.
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