domingo, 18 de agosto de 2019

ALMA LUZITANA – PEÇA DE TEATRO DE FERREIRA DE CASTRO



LIVRO: Alma Luzitana. Phase da Guerra Luso-Alemã em Naulila, Africa – (1914-1915);
AUTOR
: J[osé] M[aria] Ferreira de Castro;
EDIÇÃO: Belém (Pará), Typ. F. Lopes, Dezembro de 1916.

 “Esta peça teatral de Ferreira de Castro nunca foi reeditada e dificilmente o virá a ser nos tempos mais próximos, em virtude de Direitos de Autor. Seria uma boa peça para os bibliófilos da I GG.

Contudo, à falta do texto, podem ler o enredo AQUI “ [Maria Clara Vasco Campanilho Barradas, Estudos de Teatro. A Obra Dramática de Ferreira de Castro – tese de Mestrado] - Via Emílio Ricon Peres [Memória da República], com a devida vénia e forte abraço

  Ferreira de Castro (1898-1974) é um dos mais reconhecidos romancistas portugueses do século XX. Começou a escrever por volta dos 13 anos e foi apurando a sua técnica em contos e novelas. Fruto da pouca experiência, esses textos são ainda frágeis na sua composição. A partir de 1928, as suas obras, principalmente romances, revelam já maturidade na técnica e nos temas, podendo a obra do escritor ser, portanto, dividida em duas fases. Ferreira de Castro escreveu também quatro textos dramáticos, três na primeira fase e um na segunda.

A primeira peça – Alma luzitana (1916) – foi escrita no Brasil, para onde o escritor tinha emigrado. Foi publicada, mas – tanto quanto se sabe – não foi representada. Conta a história de uma família desfeita em consequência da guerra. A segunda peça – O rapto (1918) – também foi escrita no Brasil. Existe apenas um manuscrito deste texto, que foi representado na cidade de Belém, no Pará. Tem como questão central a emancipação da mulher. O Mais Forte (1922), a terceira peça, já foi escrita em Portugal. Este texto, distinguido num concurso de peças do Teatro Nacional Almeida Garrett, nunca foi editado nem representado, existindo apenas o manuscrito. Retrata a vontade de um homem em subir na vida a todo o custo. A quarta e última peça – Sim, uma dúvida basta (1936) – é a única que pertence à segunda fase da obra de Ferreira de Castro. Foi escrita a pedido do actor Robles Monteiro, mas a sua representação foi impedida por ordem superior. O texto, que só foi editado em 1994, expõe um caso jurídico de consciência e de dúvida.

A peça mais interessante e bem construída de Ferreira de Castro é Sim, uma dúvida basta. Mesmo assim, a leitura das outras não deixa de ser pertinente para se conhecer e entender o percurso literário de Ferreira de Castro que o levou até à sua fase canónica.” [AQUI]

J.M.M.

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