LIVRO: Portugal Pós-Liberal - Um Ensaio de História do Presente;
AUTOR: José Adelino Maltez;
EDITORA: Âncora, Setembro de 2020, p. 742;
APRESENTAÇÃO DA OBRA:
DIA: 12 de Fevereiro de 2020 (18,30 horas);
LOCAL: Academia Militar (Rua Gomes Freire, 203),
Lisboa;
APRESENTAÇÃO: João Soares
ORGANIZAÇÃO: Academia Militar | Âncora Editora
► “Neste ensaio, onde recolhe uma
antologia cronológica de ciência política em português, conclui que os duzentos
anos pós-liberais ainda estão por cumprir, face ao peso e às sombras de
viradeiras caceteiras e ditatoriais que nos marcaram durante cerca de cinquenta
e quatro anos, com a mais recente a pintar-se de constitucional, mas
continuando a pertencer ao bestiário.
O vintismo não passou de uma semente que os mindeleiros radicaram num processo de construção do Estado, onde a constituição de 1822 e a carta de 1826 se sintetizaram na constituição de 1838 e, depois, nos vários atos adicionais de uma nova ilusão de regeneração. Veio, a seguir, a breve republicanização, a partir de 1910, e o regresso ao despotismo não iluminado, a seguir a 1926.
Felizmente o autoritarismo não se cumpriu para sempre e continuamos a procurar a liberdade com a constituição de 1976 que, noutras letras da moda, soletra, em raiz, os sonhos de 1822, 1826, 1838 e 1911.
A liberdade não nasceu em Vinte e Quatro de Agosto de 1820. A república não se realizou em Cinco de Outubro de 1910. Não houve uma revolução nacional em Vinte e Oito de Maio de 1926. E nem passou a haver democracia depois do Vinte e Cinco de Abril de 1974. A liberdade, a pátria, a república e a democracia não existem, valem. Não estão para além da realidade, dado que penetram nesta, atravessando-a, como a luz que passa através de certos corpos translúcidos, quando os valores são reconhecidos e aceites, partilhando-se em comum, no interior da coletividade social e nas convicções dos cidadãos individuais” [AQUI]
J.M.M.
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