segunda-feira, 6 de novembro de 2006

ALMANAQUE REPUBLICANO: ÉDITO

"Coexiste comigo muita gente que vive comigo apenas porque dura comigo" [F. Pessoa]

O Almanaque Republicano é um álbum onde se vai perfilar uma geração sonhadora, generosa e messiânica, que é afinal o nosso costumado fadário, o nosso "eterno retorno". Da República de 1891 e da outra de 1910 há uma imensa viagem de encantos e desencantos, de "coisa esquecidas e mortas", um itinerário de bondade, pessimismo, ironia e sarcasmo. Há nele todo um movimento que "carecia de alma", como diria Pascoes. Essa Alma Republicana, seja ela qual for, será sempre essa jornada emotiva e social, espiritual e libertária, de encantos e desencantos vários, crença ou saudade do Encoberto, reformadora e socialista, liberal e popular, que da decadência à regeneração marcam para sempre o "espírito lusitano". A "Nova Era" redentora, quer fosse construída no cantar antiquíssimo da Renascença Portuguesa ou ressurgida pela demanda da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, ou intencional na exaltação da luta pela emancipação das classes trabalhadoras e em redor do movimento operário e sindical, não deixa de ser, sem dúvida alguma, um dos momentos mais interessantes da história da sociedade portuguesa contemporânea. Afinal, "Ubi libertas, Ibi Patria".

Sitio de passagem e de euforias públicas, jornada de mil caminhos que o tempo percorreu, o Almanaque Republicano é um panfleto aberto e frontal da Alma Republicana. E será, doravante, o nosso "companheiro de trabalho".

Que assim seja!

Artur B. Mendonça
José M. Martins

5 comentários:

Anónimo disse...

Felicitações pelo projecto e pelo magnífico texto de apresentação. Vida longa é o que vos desejo, com a certeza de que o Almanaque será fraterno e tolerante
LuisBigotteChorão

Anónimo disse...

Parabéns pela iniciativa e votos de sucesso.

Anónimo disse...

Estou certo que neste local haverá uma carbonária tolerância, não estivessem as cores dos terroristas estampadas na bandeira que a senhora ostenta.

Anónimo disse...

Agradecemos as V. missivas e o V. encanto fidalgo. Esperamos saber merece-los.

Ao caro Paiva Couceiro, saiba que o nosso coração é (como diria Safo) o de ?uma criança?, não remoemos rancores. Estamos em venerável trabalho de saudade e prazeres profanos. A nossa tolerância é infinita.

Ao caro amigo Leonel, a nossa memória é também a dele. Gratos estamos.

Ao nosso caro doutor LBC, agradecemos a generosidade das suas palavras, esperando que seja clemente e misericordioso com as postagens.

A todos, o nosso abrigado

JMM

Anónimo disse...

Mas que belo blog jacobino.