segunda-feira, 2 de julho de 2007

75º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE D. MANUEL II


75º Aniversário da morte de D. Manuel II

Dia 2 de Julho de 1932: falecimento de D. Manuel II.

J.M.M.

3 comentários:

Anónimo disse...

Qual a razao,o motivo ou a circunstancia que levaram a publicar isto num Blog que pensava ser republicano?

Anónimo disse...

Não sei qual o motivo do autor do blogue mas a meu ver é perfeitamente compreensível na medida em que abordar a temática da República implica falar da monarquia, antes e depois de derrubada, do rei deposto, do Pacto de Dover entre as duas facções monárquicas que conduziu à legitimação da linha miguelista actualmente representada por D. Duarte Pio, às tentativas restauracionistas de Paiva Couceiro, mormente a chamada "Monarquia do Norte", ao julgamento dos "homens das mantas" no Convento das Trinas onde anos antes tivera origem o célebre caso de Sara de Matos.
E, porque não falar de D. João IV, da Restauração de 1640 e da hipótese que então lhe fora colocada de instauração da República ?
Penso que este blogue pode permitir a reflexão sobre o período histórico da I República, mais do que constituir um mero album de memórias...
Esta etiqueta dá-nos a perceber a expressão política dos monárquicos, senão todos pelo menos os partidários da linha constitucionalista, num momento em que o Estado Novo começava a dar os primeiros passos após o derrube da I República e a sua substituição pela ditadura militar, seis anos antes.
Apesar das esperanças dos sectores monárquicos de que o Dr. Oliveira Salazar viesse a colocar a questão do regime, ele preferiu manter a sua forma republicana e juntar à sua volta monárquicos, republicanos, integralistas, nacional-sindicalistas que acabaram por aceitar o regime, afastando e perseguindo de igual modo todos os que se opuseram ao novo regime, fossem eles de igual modo monárquicos, republicanos, integralistas ou nacional-sindicalistas. E até Carlos Rates, antigo anarquista e fundador da Federação Maximalista Portuguesa, antecessora do Partido Comunista Português haveria de aderir ao novo regime. Aliás, em rigor, deve considerar-se o Estado Novo como II República uma vez que manteve a forma de regime, ao contrário do que sucedeu em Espanha cuja ditadura constituiu um verdadeiro interregno entre a II República e a Monarquia.

Anónimo disse...

...e o autor da letra de "A Portuguesa" - a marcha que viria a ser adoptada pela República como Hino Nacional - era monárquico! Mas, certamente, ninguém pretende por esse facto repudiar tal Hino.

Mais ainda, quantos "republicanos" (adesivos) não eram monárquicos no dia 4 de Outubro de 1910 ? Tal como o 25 de Abril viu surgir de repente tantos "democratas" que fica por perceber-se como o Estado Novo durou tanto tempo e conseguiu ao longo da sua existência mobilizar tantas multidões em seu apoio... um fenómeno, aliás, que sucede sempre que muda um regime. E, é bom prevenir, esta regra será válida se um dia o actual regime também vier a ser substituído pela força!...
Neste caso, o que deveríamos rejeitar?