quinta-feira, 1 de novembro de 2007

BERNARDO DE PASSOS (Parte II)


Porque somos republicanos?
Somos republicanos porque sabemos prezar a nossa dignidade de homens. Um rei é sempre um vexame para a dignidade humana.
Que simboliza, que quer dizer o ceptro do rei? A vara, o bastão deprimento do mando...
O ceptro dum rei é o seu cajado de pastor. Porque para os reis, o povo é um rebanho de gado humano, rebanho de que eles são os guardadores...

(Bernardo de Passos, "República", O Povo Algarvio, Loulé, nº 46, Ano II, 30-07-1910)

O poeta algarvio, pouco reconhecimento obteve a nível nacional, mas encontrou ainda espaço para publicar algumas das suas poesias em publicações de algum interesse.
Assim, encontram-se poesias de Bernardo de Passos, na Águia, Porto, 1-12-1910 a Maio-Junho de 1932, dirigida inicialmente por Álvaro Pinto (até 1921). Nesta revista colaboravam alguns dos homens importantes da República como Jaime Cortesão,Teófilo Braga, Raúl Proença, entre muitos outros.

Colaborou ainda no semanário literário que se publicou em Faro, Alma Lusitana, dirigido por Gonçalves Torres e João Matos, onde colaboraram também: José Dias Sancho, Manuel Caetano de Sousa, Roberto Nobre, José Neves e António do Nascimento. Esta publicação iniciou em 5 de Outubro de 1919 e terminou a 22 de Fevereiro de 1920.

Foi também colaborador da revista Alma Nova, dirigida por Mateus Moreno, primeiro de Faro e mais tarde de Lisboa, que inicia publicação em 20-09-1914 e termina em Dezembro de 1925.

Publicou poemas seus no Boletim da Sociedade Literária de Almeida Garrett, que se editou em Lisboa em 1903, dirigido por Alberto Bessa.

Era um dos colaboradores do semanário olhanense O Cruzeiro do Sul, onde Aquilino Ribeiro publicou os primeiros textos e onde participaram também Cândido Guerreiro, Carlos Pádua, João Lúcio, Francisco Marques da Luz (Marcos Algarve), Maria Carolina Frederico Crispim (Maria Veleda) e Rodrigues Davim. Este semanário publicou 24 números entre 22 de Janeiro de 1903 e 2 de Julho desse ano.

Publicou ainda no semanário Eco Literário de Vila Fraca de Xira (1911), na revista Figueira, da Figueira da Foz, dirigida por Pedro Fernandes Tomás e Eloy do Amaral. Na revista quinzenal de literatura, do Porto, Germinal, dirigida por J. Gonçalves e A. Bastos, entre 1-07-1901 até Julho de 1901. Na consagrada revista Portucale, publicada no Porto sob a direcção de Augusto Martins, Cláudio Basto e Pedro Vitorino. Também na revista literária mensal editada por Cândido Chaves em Lisboa intitulada Renascença(1903).

Finalmente, encontram-se traços da sua poesia na Revista Coimbrã. Era uma publicação comercial de Coimbra que começou a atacar cada vez mais as políticas que se opunham à Monarquia.


Encontram-se alguns contributos interessantes sobre esta personalidade aqui.

A.A.B.M.

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