sexta-feira, 29 de maio de 2009

ABÍLIO ROQUE DE SÁ BARRETO (PARTE I)


Nasceu em Penela (Rabaçal) em 13 de Janeiro de 1817. Era grande proprietário na região de Condeixa. Desde cedo afirmou o seu credo liberal, lutando contra Costa Cabral nos conflitos da Patuleia.

Pertenceu também à Carbonária Lusitana, de cuja Alta Venda fez parte em 1848. A 29 de Maio, foi eleito Sup. Cons. da Alta Venda, o Padre António Maria da Costa. A primeira reunião realizou-se na Rua da Ilha. Foram ainda instaladas as Barracas: Igualdade e União; e as Choças, 16 de Maio (depois Segredo) e Fraternidade e Liberdade. Alguns dos carbonários iniciados foram, entre muitos: Abílio de Sá Roque (Robespierre), Adelino António das Neves e Mello (Napoleão), dr. António José Rodrigues Vidal (Odorico), dr. António Luís de Sousa Henriques Seco (Cicioso), António Marciano de Azevedo (Sidney), Cassiano Tavares Cabral (Nuno Alvares Pereira), dr. Francisco Fernandes da Costa (Timon 2), João Gaspar Coelho (Archimedes), dr. João Lopes de Moraes (Dupont), José António dos Santos Neves Dória (Huffland), José de Gouveia Lucena Almeida Beltrão (Lamartine), dr. Raimundo Venâncio Rodrigues (Washington), etc. Abílio Roque presidia à Barraca União, que por sua vez se subordinava à Alta Venda.

Em 1853 encontramos Abílio Roque a presidir à Choça Kossut.

Integrou a Junta Geral do Distrito de Coimbra e presidiu ao Centro Eleitoral Republicano Democrático de Coimbra, tendo sido um dos fundadores.

Foi iniciado em data desconhecida, antes de 1844, em loja que ignoramos, embora utilizando o nome simbólico de Lafayette. Fez ainda parte das seguintes lojas maçónicas de Coimbra: Philadelphia (Grande Oriente Lusitano); Federação, loja nº 5; e Perseverança, loja nº 74.

Foi chefe supremo da Carbonária em 1863, tendo a acompanhá-lo na Alta Venda, Dr. Raimundo Venâncio Rodrigues, Dr. José Teixeira de Queirós, Dr. António dos Santos Viegas, Fernando Augusto de Andrade Pimentel e Melo, Dr. António José Teixeira, Olímpio Nicolau Rui Fernandes, José Maria Coutinho, Dr. Albino Augusto Giraldes, Aristides Pinto Ferreira de Bastos, Dr. António de Oliveira Silva Gaio, Dr. José Augusto Sanches da Gama, José da Costa Gomes, Pe. José Adelino Coelho, Pe. Augusto César da Silva Henriques e Dr. Jacinto Alberto Pereira de Carvalho. [Maria Manuela Tavares Ribeiro, Portugal e a Revolução de 1848, Minerva Histórica, Livraria Minerva, Coimbra, 1990, p. 408-409 onde é possível também encontrar o respectivo nome simbólico de cada um destes carbonários.]

Em 1875, fundou a Maçonaria Eclética Portuguesa, onde desempenhou o cargo de Grão-Mestre.

[Em continuação]

A.A.B.M.

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