quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

LEITURA E IDEOLOGIA REPUBLICANA: AS ESCOLAS E BIBLIOTECAS POPULARES DA FIGUEIRA DA FOZ (1900-1910)


LIVRO: “Leitura e Ideologia Republicana: As Escolas e Bibliotecas Populares da Figueira da Foz (1900-1910)";

AUTORA: Maria Isabel Gaspar Ferreira de Sousa;
EDITORA: CMFF, 2015.

LANÇAMENTO DA OBRA:

DIA: 31 de Janeiro 2015 (18,00 horas)
LOCAL: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás da Figueira da Foz

Palavras-Chave: Bibliotecas Populares, Escolas Populares, Imprensa Local, Maçonaria, Republicanismo.

Este trabalho de dissertação assenta, antes de mais numa matriz geográfica e histórica da cidade da Figueira da Foz, no início do séc. XX assim como as suas freguesias limítrofes mais influentes: Tavarede e Buarcos (contudo, são feitas breves alusões a outras freguesias onde aos poucos foram sendo criadas instituições similares às primeiras freguesias e embebidas do mesmo espírito).

Temos como objeto de estudo a emergência e difusão do ideário republicano junto das populações, assim como a defesa intransigente da ideia do alargamento da instrução a um público cada vez mais vasto, combatendo o maior flagelo cultural do nosso país: o analfabetismo quase generalizado, através da criação de escolas e bibliotecas populares em Associações recreativas, de classe, mutualistas e outras. A certeza de que uma posição cívica e política mais consciente dos cidadãos só seria possível se fosse permitido o acesso à instrução a um maior número de pessoas, norteou a criação destas escolas, um pouco à margem do ensino oficial (que se definia como manifestamente insuficiente) e que tinham como objetivo tirar do analfabetismo uma grande parte do povo trabalhador da Figueira da Foz. Sendo assim, é neste ambiente ideológico fervilhante, na cidade da Figueira da Foz na primeira década do séc. XX que irão surgir as escolas populares, dinamizar conferências e cursos livres, criação de bibliotecas e salas de leitura que eram vistas como uma solução para o atraso cultural das camadas sociais mais baixas, rumo àquilo a que se entendia ser o progresso.

A Figueira da Foz beneficiou com a dinâmica de uma série de personalidades com características humanitárias e benemerentes, republicanos e maçons, que não mediram esforços no sentido de criar condições para 'derramar a luz da instrução' sobre as camadas populares” [in Resumo do livro]

J.M.M.

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