Amanhã, quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2015, pela 18 horas, continua o conjunto de sessões subordinada do tema Vidas Com Sentido, organizado pela Fundação Mário Soares, dedicado desta vez a Maria Lamas (1893-1985).
Esta iniciativa conta com a colaboração e a participação de Maria Antónia Palla, José Gabriel Pereira Bastos e Mário Soares.
Uma iniciativa que divulgamos e aproveitamos para traçar os dados biográficos da homenageada na sessão, ao longo destes próximos dias.
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, era filha de Maria da Encarnação Vassalo e de Manuel Caetano da Silva. Em 1900 ingressa, como aluna interna, no Colégio das Teresianas de Jesus, Maria e José, em Torres Novas.
Em 1911, casa com o tenente Ribeiro da Fonseca, tornando-se no primeiro casamento civil que se realiza em Torres Novas. Como o marido era militar foi enviado em comissão de serviço para Angola onde se mantém até 1913. No período em que regressa a Portugal nasce a primeira filha do casamento, Manuela. Também nessa época começa a colaborar na imprensa local com pequenas poesias, quase todas tendo por base o tema da Guerra e utilizando o pseudónimo Serrana d'Ayre.
Quando Portugal entra efectivamente em guerra com a Alemanha e se inicia o envio de tropas para o centro da Europa, Maria Lamas realiza trabalho voluntário com a Cruz Vermelha. Organiza eventos para angariar fundos que seriam enviados para os soldados na frente de batalha. No final da Grande Guerra divorcia-se, já com duas filhas para educar e acompanhar, tendo sido ela a desenvolver as iniciativas para encontrar meios de sustento, mas vive em casa dos pais em Lisboa. Entra assim no circuito do meios de comunicação de grande tiragem. Começa por colaborar com a Agência Americana de Notícias e depois começa a colaborar com os jornais Correio da Manhã, Época e mais tarde O Século, A Capital e o Diário de Lisboa.
Na vida pessoal casa novamente, em 1921, com Alfredo da Cunha Lamas e volta novamente a ser mãe. Ingressa novamente na escola e realiza o Curso Geral dos Liceus, desenvolve em simultâneo um trabalho de combate ao analfabetismo entre as operárias da Fábrica Simões, em Benfica. Literáriamente começa a utilizar o pseudónimo Rosa Silvestre. Em 1924 começa a leccionar no Instituto Luso-Belga, em Carnide. Dirige também nesse ano a revista infantil O Pintainho, com o pseudónimo atrás referido, continuando ao longo dos anos seguintes uma intensa actividade literária em diversas publicações. Com a instauração da Ditadura Militar continua a desenvolver diversas colaborações ao nível da escrita e a publicar várias obras dirigidas ao público infantil.
A.A.B.M.
Sem comentários:
Enviar um comentário