AURORA. Revista Mensal de Sociologia, Sciência e Arte. Ano
I, nº 1 (Setembro 1929) ao Ano II, nº XIV (Outubro
1930); Administração e Redacção: Rua
Cunha Espinheira, 131 A [depois, ao nº3, Largo da Póvoa, 9], Porto; Administrador:
António Teixeira de Araújo; Editor: Fernando
Barros; Director: Abílio Ribeiro; Impressão: Tipo-Lito de Gonçalves &
Nogueira, Limitada (Porto); Porto; 1929-30, 14 numrs
Colaboração [Alguns Escritos de …]: A. Aulard, A. Sadier, Alexandre Herculano, Alice dos Reis Mendes, Antero de Quental, Aristides Ribeiro, Arnaldo S.[imões] Januário, B. Inácio, Camilo Castelo Branco, Camilo Pert, Carlos Brandt, Constantino de Figueiredo, Daneff, Delfim de Castro, Dostoiewski, Duarte Lima, Eduardo Casela, Eliseu Réclus, Ernesto Gil, ErricoMalatesta, Fialho de Almeida, Francisco Quintal, Francisco de Sade, G. Molinari, Guerra Junqueiro, Henri Martin, Henrique Nido, Hipólito Havel, Hugo Treni, J. M. Peres, João Serra, João Xavier de Matos, Joaquim Serra, Jacinto Benavente, Jean Grave, Joaquim Dicenta, José de Arruela, Júlio Dantas, Leon Trotsky, Lingelbach, Luís Falcão, Maria Montseny, Mário de Oliveira, MaurícioLachatre, Mayer Garção, Max Nettlau, Maximiano Rica, Medeiros e Albuquerque, [Meridional], Miguel Bakunine, Miguel Hernandez Sanchez, Neno Vasco, Oldemiro César, Pinheiro Chagas, Raul Brandão, Roberto das Neves, Rudolfo Rocker, Tomás da Fonseca, Vicente Garcia, Victor Hugo.
Tinha
como editor Fernando [de Oliveira Leite] Barros, serralheiro (apaixonado
cinéfilo) e militante anarquista do Porto (fez parte do Comité de Propaganda e
Organização Anarquista do Norte – 1923/1926), que foi preso a 3 de Outubro de
1930, e deportado [juntamente com “Aníbal Dantas, Anastácio Ramos, Manuel João,
José Silva, Domingos Lopes Bibi, todos do Porto, e Mário Castelhano e outros,
de Lisboa” – cf. Edgar Rodrigues, “A Oposição Libertária em Portugal 1939-1974”,
Sementeira, 1982, p. 177] para os Açores, seguindo depois para Ilha da Madeira.
Com o romper da revolta da Madeira (1931), tenta Fernando Barros regressar para
o continente, mas, face ao fracasso da revolta, refugia-se em Espanha
(Barcelona).
Como
director da revista encontramos Abílio Ribeiro, dedicado militante anarquista,
que tinha já antes colaborado no semanário comunista libertário do Porto com o
título, “A Comuna” (1920-25?), tendo sido mesmo seu editor. Na reunião de
resistência ao golpe militar de 28 de Maio de 1926, Abílio Ribeiro é o delegado
da União Anarquista Portuguesa (UAP – declarada, pela Ditadura Militar, ilegal
em 1929).
A
qualidade de administrador está o operário gráfico (e secretário da UON e da
CGT) António Teixeira de Araújo [1888-1965 – consultar a sua biografia na “Voz
Anarquista”, nº17, Setembro de 1976], com intensa colaboração [usando numerosos
pseudónimos] em periódicos anarquistas [como “A Batalha”, “Vanguarda Operária”,
“Aurora; “A Comuna”]. Em 1908, António Teixeira de Araújo é um dos fundadores
do grupo libertário “Verdade e Luz” (Coimbrões), mantendo o grupo uma escola de
ensino livre [cf. Edgar Rodrigues, ibidem, p. 151], o Ateneu Sindicalista.
J.M.M.
1 comentário:
Li com muito intetresse.
Francisco F. Teixeira
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