sexta-feira, 21 de agosto de 2015

AGOSTINHO LÚCIO DA SILVA (PARTE I)

Nasceu em Faro em 1842. Estudou no Liceu de Faro entre 1858 e 1862, depois ingressou na Escola Médico Cirúrgica de Lisboa, tendo concluído o curso em 1871. O trabalho que apresentou para conclusão do curso médico intitulava-se Ovariotomia. Sua importância cirúrgica, 1871.

Pertenceu à Sociedade de Ciências Médicas, foi um dos fundadores da Sociedade deGeografia de Lisboa[1], sendo sócio nº1 da instituição e fez parte da Sociedade de Propaganda de Portugal como dirigente desta organização promotora do turismo em Portugal.
Participou activamente na vida política durante a monarquia sendo diversas vezes eleito deputado pela região do Algarve, pelo Partido Regenerador, desde 1882. Deputado ás côrtes nas legislaturas de 1882 a 1884, 1884 a 1887, 1890 a 1892, 1894, 1896 a 1897, 1901, 1902 a 1904, 1904 e 1910. Após a implantação da República afastou-se da vida política e dedicou-se à actividade clínica.

Pertenceu ao quadro médico dos Caminhos-de-ferro Portugueses. Elaborou um relatório sobre a questão do regime prisional depois de uma visita a vários países europeus para estudar o problema. Foi um dos homens que mais se empenhou no combate à crise no Algarve em 1875, organizando em Lisboa, no Passeio Público, em 22 de Agosto de 1875, uma festa de recolha de fundos para acudir aos agricultores sem trabalho devido à seca

Exerceu funções de médico da Penitenciária, subdelegado de saúde do município de Lisboa, redactor do Boletim de Saúde e Higiene Municipal.

Participa nas comemorações do Tricentenário de Camões de 1880, sendo o representante do Jornal de Ciências Médicas na reunião da comissão de imprensa, que teve lugar nas instalações da Sociedade de Geografia em 8 de abril desse ano.

Em 1884, foi enviado durante um mês, como observador, para estudar o sistema penitenciário em Espanha, Bélgica, França e Inglaterra, tendo o relatório dessa viagem sido publicado no Diário de Governo.

[Em continuação]


[1] Anónimo, “Falecimentos: Dr. Agostinho Lúcio da Silva”, Diário de Notícias, Lisboa, 21-04-1926, Ano 62, nº 21640, p. 6, col. 2.

A.A.B.M.

Sem comentários: